Percy Jackson e os Olimpianos – 1×07: De certa forma, descobrimos a verdade

Caso tenha perdido, temos textos sobre os outros seis episódios da série!

Depois de um final bombástico para leitores no episódio anterior, Rick Riordan revelou nas suas redes sociais que… nada ia mudar, ia tudo para o mesmo lugar dos livros, só deram um temperinho diferente. Desapontada, mas não surpresa.

Assim como no texto sobre o episódio anterior, vou pegar mais leve com minhas previsões, para não estragar algumas revelações que podem vir adiante.

Avisos importantes!

Eu estou escrevendo estes textos conforme os episódios são lançados. Então se eu apontar ou perguntar algo aqui que é abordado ou respondido em um episódio mais à frente, lembre que no momento da escrita deste texto eu não tinha como saber que isso aconteceria.

Durante o texto vou discutir o que pode/vai vir nos próximos episódios da série, então ele pode conter alguns spoilers do primeiro livro da série literária e da própria série.


O sétimo episódio leva o título do décimo nono capítulo de O Ladrão de Raios e adapta da metade do capítulo 17 até o início do capítulo 20. Foi dirigido por Anders Engström, que dirigiu o terceiro e o quarto episódios, o que me deixou um pouco insegura, já que a direção dele não me agradou muito, mas essa é uma das melhores partes da história, então, potencial tínhamos.

Assisti ao episódio duas vezes, uma vez dublado e outra legendado. O trabalho segue de ótima qualidade e queria trazer aqui minha satisfação, pois quando Hades entrou em cena e eu ouvi a voz de Marcelo Campos eu dei alguns gritinhos de felicidade, simplesmente um dos meus dubladores favoritos que conseguiu trazer um carisma ainda maior para a personagem, eu acabei ficando mais feliz nos minutos finais por conta disso.

Começamos o episódio com Percy (Walker Scobell) entrando no Palácio das Camas D’água do Crosta e encontrando Procusto (Julian Richings), que na mitologia era conhecido por amarrar andarilhos em sua cama de ferro e esticar seus membros até a morte. Agora ele prefere ser chamado de Crosta e de cara Percy já sabia que ele também é um filho de Poseidon, mas não apenas isso, ele sabia que ali existia um atalho para o Mundo Inferior – o tal que Hermes (Lin-Manuel Miranda) mencionou no episódio passado – e que ele estava ali o guardando. Crosta tentou seduzir seu irmãozinho a deitar em uma de suas camas, falando sobre como é difícil para pessoas como eles se encaixarem e sobre como ao longo do caminho tentam moldá-los, torcê-los e cortá-los em pedacinhos, tocando em um tema bem presente na série. Porém, é ele quem acabou sendo empurrado por Annabeth (Leah Sava Jeffries), que estava invisível, para sua própria armadilha.

Agora mais “family friendly”, Crosta ficou apenas preso na cama e não é torturado, nem morto, já que foi posto como um guardião e não um assassino maldoso, o que não o impediu de berrar falando que Percy não é o primeiro a tentar trazer alguém de volta do Mundo Inferior e não seria o primeiro a falhar, uma referência ao mito de Orfeu e Eurídice, história de amor trágica que virou até ópera, mas como toda tragédia, não termina muito feliz. Grover (Aryan Simhadri) apareceu depois que a tensão passou e o trio encontrou a dita entrada, cujo cheiro já deixou o sátiro nervoso, ele começou a mexer em seus chifres, lembrando o que Helena (Kathleen Duborg) falou lá no segundo episódio. Percebendo isso, Annabeth encontrou ali uma bolinha anti-estresse, entregou para ele e Percy aproveitando a deixa, entregou para cada um uma das quatro pérolas que lhe foram entregues pela Nereida (Jelena Milinkovic) na praia, por precaução.

Depois entramos em um flashback que eu vou falar só no final do texto, mas que permeia o episódio todo, fazendo diversos paralelos ao longo da história.

O Mundo Inferior é bem daquele jeito clichê, fumaça, pedras, escuridão, do jeito que o Zack Snyder gosta. Nossas crianças estão ao lado de uma grande muralha que precisam atravessar e Percy fez a mesma referência que sua mãe na lembrança, mas Annabeth não entende, já que ela nunca assistiu a um filme. Dalí conseguiram ver Caronte (Travis Woloshyn), o barqueiro que atravessa as almas pelo Rio Estige, que separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Para economizar tempo e mostrar que Hermes tem atalhos muito bons, nosso trio já está do lado certo do rio. Infelizmente isso significa que perdemos a cena com Caronte nos Estúdios de Gravação M.A.C – Morto ao Chegar e seu acordo maravilhoso com Percy, além da fala sobre o Rio Estige estar poluído de esperanças, sonhos e desejos que nunca se tornaram realidade. Nesse ponto Grover estava apertando a bolinha de modo irritante e Annabeht a pegou de volta.

Então, começaram a furar o que pareceu ser a maior fila de balada do mundo, sendo que poderiam ir por fora dela até chegarem em Caronte, que é tão sério que só se importou com o fato das crianças estarem vivas e nem aceitou o suborno que elas oferecem, chamando com seu apito um rotweiller de três cabeças, isso mesmo Fofo Cérbero em carne e osso. Eu sei que essa é a aparência dele nos livros, mas depois de tanto ler Lore Olympus, eu não consigo mais imaginar Cérbero sem ser um doberman. O cachorro caçou nosso trio, que felizmente fugiu por fora da fila, pegando Grover facilmente, mas Annabeth conseguiu se segurar nele e fazê-lo dormir com uma coçadinha no lugar certo, dando a Grover a oportunidade de sair todo babado da boca do bicho.

Ela diz para subirem a muralha voando rápido com os tênis voadores ao que eu pergunto: por que não fazer isso logo de cara? Melhor do que alertar toda a segurança do lugar da sua presença, não? Mas bem, os garotos subiram enquanto Annabeth se desequilibrou e Cérbero acabou acordando. De cima do muro não era possível vê-la, mas a bolinha voou para a mão de Percy seguida do cachorro pulando, não alto o suficiente para pular a muralha, mas alto o suficiente para Annabeth se agarrar perto da beirada e terminar de subir. Para terminar de distrair o animal, ela jogou a bolinha no rio e ele passou a persegui-la, sem pular na água, já que isso poderia ser fatal. Ela revelou que seu pai tinha um cachorro e ela ainda lembrava de alguns truques quando olharam para dentro dos muros e viram o palácio de Hades, onde estavam o raio-mestre de Zeus e a mãe de Percy. Porém, nem tudo são flores e Grover percebeu que perdeu sua pérola, provavelmente na boca de Cérbero. O que gerou um conflito, pois agora com três pérolas, alguém vai ter que ficar para trás no resgate. Novamente um elemento que pareceu que seria importante, mas foi só ilusão, Percy ganhou quatro pérolas ao invés de três, só pra perder uma na boca de um cachorrão.

Um tempo depois em uma espécie de floresta o trio discutiu sobre as pérolas, mas assim como apareceu, o conflito se foi, com Percy decidindo ficar enquanto salvam sua mãe. Até que levamos um susto com pessoas pálidas enraizadas no chão. Sabiamente Ananbeth diz que estavam nos Campos de Asfódelos, uma das três partes do pós vida que seria o lugar neutro para se terminar, uma planície onde nada acontece para o resto da sua existência. Os outros dois são os Campos Elísios, para onde vão os grandes heróis e pessoas boas e os Campos de Punição, para onde vão os piores dos piores para serem torturados pela eternidade. No livro, a maioria das pessoas opta por ir direto para os Campos de Asfódelos, sem passar pelo julgamento que pode leva-las para o Elísio ou para serem castigadas. Aqui ficou estabelecido que é o lugar onde quem tem arrependimentos por coisas que fez ou deixou de fazer acaba se enraizando.

Um uivo é escutado, sinalizando que Cérbero está voltando, mas Annabeth acabou ficando enraizada – algo que eu acho que não deveria acontecer por ela ainda estar viva – mas vem para sinalizar que ela tem algum arrependimento e instaurar uma desconfiança. Do que Annabeth estaria arrependida afinal? E por que não contaria? Ela disse que distrairia o cachorro enquanto eles corriam e uma música triste subiu, parecendo que a menina ia morrer, mas vimos uma luz e deu a entender que ela usou sua pérola para fugir. A intenção desse momento é bem clara, gerar suspeitas em cima de Annabeth, afinal, ela e Percy se tornaram amigos e a profecia previu uma traição.

Em seguida nossa dupla dinâmica acabou em um deserto onde Cérbero não parecia querer ir, mas chegando perto do palácio. Porém, de repente, Grover começou a andar muito rápido, até que ficou claro que não era ele, eram os tênis, tentando levá-lo para um grande buraco ou poço, que Percy conhece de seus sonhos: o Tártaro. Percy conseguiu segurar o amigo tempo o suficiente para que seus cascos de bode que não encaixavam direito nos tênis acabassem saindo dos sapatos, que voara para a profunda escuridão. (Quem deu esses tênis mesmo?) Depois, tentando se afastar da queda, Percy acabou caindo para trás e ouvimos um som metálico, sua mochila ficou pesada de repente. Ao abri-la ele encontrou nada mais nada menos do que o raio-mestre de Zeus. Eu gostei do design do objeto, especialmente de como parecia pesado. Após alguns segundos em pura negação, Grover admitiu ainda confuso o que está ali entre eles. Caiu então a ficha de que aquela mochila foi dada por Ares (Adam Copeland) no final do quinto episódio. Ares estava com o raio, trabalhando para Hades e usando as crianças para levar até ele. Com o raio, no entanto, a missão acabou, esse era o objetivo. Os dois olharam para o palácio e decidiram continuar por Sally, Grover dizendo que Zeus teria que esperar e eu nunca o amei tanto quanto nesse momento!

O palácio de Hades seguiu a linha do resto do ambiente, bem estilo Snyder. Todo feito de pedra, mas parecendo ser algum tipo de pedra preciosa e lapidada, algo valioso, não simplesmente rochas empoeiradas. Portas gigantes levaram a um elevador gigante e não vimos o Jardim de Perséfone, mas posso entender que não era necessário. No livro, o palácio é um tipo de Olimpo invertido, algo feito por inveja e rancor. Percy e Grover chegaram em uma grande sala, com dois tronos vazios. Graças a Zeus a rainha Perséfone não estava ali já que é verão e nessa época do ano ela não fica no reino do marido, mas ninguém estava ali. Até que veio andando do canto, tranquilo e super casual com um robe: Hades (Jay Duplass). Eu amei, assim como amei a adaptação de Ares. Completamente diferente de sua contraparte literária, que recebeu as crianças em forma gigante, sentado em seu trono, rígido e sério. Porém acima de tudo, ele não parecia ser a voz misteriosa dos sonhos de nosso semideus.

Ele ofereceu um suco de romã, em referência as sementes de romã que se ingeridas te prendem ao mundo inferior e ao apelido que a personagem tem aqui no Brasil: Tio Suquinho. Não, eu não sei de onde isso veio. O deus é super solícito, mas Percy é direto e quer saber da mãe.  Sem conseguir ser engraçado o deus os leva para uma sala ali ao lado – deixando parecer que a sala do trono é um tipo de apartamento em conceito aberto enorme – também super casual e de um estilo classudo e vintage, com uma Sally de ouro como decoração. Um quadro ao fundo chamou atenção e de início pensei que fosse alguma representação do Inferno de Dante, mas é uma pintura chamada O Jardim das Delícias Terrenas um tríptico de Hieronymus Bosch que conta a criação do mundo.

Hades falou que salvou Sally do Minotauro – então não faz sentido que ele o tenha enviado – para que justamente Percy fosse até ali fazer uma troca, o que um tem pelo que o outro tem. Mas Percy hesitou, ele pensava que Ares o tinha deixado com o raio-mestre para que fosse forçado a trocá-lo por sua mãe, mas ele não podia fazer isso. Só que Hades nem queria o raio-mestre, não fazia ideia do que o menino estava falando. Ele não era invejoso ou rancoroso, na verdade ele era muito bem resolvido e satisfeito com sua vida, não querendo nada de seus parentes tóxicos, ele só queria seu Elmo das Trevas de volta. Um objeto que garante a capacidade de ficar invisível e foi não apenas roubado ANTES DO RAIO, como PARA ROUBAR O RAIO. Foi primeira vez que os meninos e nós ouvimos isso. No livro pensam que Hades quer aumentar seu reino, mas ele diz que seu reino já cresceu até demais nos últimos séculos e ele tem tido até mais trabalho. 

É então que Percy teve um momento de esclarecimento e fica claro porque o episódio dispensou Annabeth, mesmo eu achando bem ruim ela não chegar ao fim da jornada, ela teria sacado tudo bem antes. Ele entendeu que foi Cronos quem tramou tudo aquilo. O mais rancoroso nessa história toda e que está no Tártaro, onde quase foram parar junto com o raio-mestre, de onde vem a voz da figura misteriosa. Um pouco a contragosto, Hades disse a Percy que lhe pedisse proteção, santuário, já que se Cronos está chamando pelo garoto, ele não estaria seguro (como se tivesse estado em algum momento) e vai proteger a todos se entregarem o raio para ele. Ele não o queria, mas queria estar preparado caso fosse necessário e disse que ia conseguir o que queria, só dependia do quão difícil Percy tornaria. Bem resolvido sim, mas ainda um deus no fim das contas. Percy negou, mas disse que aceitava a primeira oferta, trocar a mãe pelo Elmo das Trevas, mas ia precisar ir busca-lo. Ele disse “hold fast”/”aguenta firme” para sua mãe como ela disse tantas vezes para ele e fugiu com Grover. Os dois acordaram com a cara na areia e Annabeth os ajudou a levantar quando Ares se aproximava armado e Percy sacava sua espada. A expectativa para a briga cresceu e muito, então cuidado Disney+ eu vou querer uma porradaria da boa!

Agora sobre o flashback de mini Percy (Azriel Dalman) e Sally Jackson (Virginia Kull), um conteúdo completamente inédito e feito para a série. Se trata na verdade de uma exploração maior da lembrança que Hermes despertou em Percy enquanto estavam no Hotel Cassino Lótus e é um episódio dentro do episódio, contando sobre o dia em que Percy foi para um colégio interno pela primeira vez, pelo que entendi é a Academia Yancy que conhecemos no primeiro episódio, já que na série foi cortada a questão de Percy ser expulso de diversas escolas. Os dois chegaram à escola, Sally fez uma referência a O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939), pois estavam perto de Nova York sem parecer e mini Percy muito chateado fez uma breve birra sobre não querer ficar na escola. Falando com o administrador (Andrew McIlroy), Sally descobriu que por uma aparente fofoca da escola anterior, a inscrição de Percy tinha sido reconsiderada, para não dizer rejeitada, por conta do tal desenho de um pégaso que vimos no primeiro episódio, que eu já tinha me perguntado no texto sobre ele qual seria afinal o problema nisso.

O problema foi que tentando chegar perto do cavalo, Percy foi parar no terraço, se colocando em risco e parecendo um maluquinho para quem viu. O homem sugeriu que Sally ensinasse o filho em casa, ao que o garotinho pareceu muito esperançoso, mas ela não quis. Depois disso vemos os dois em um restaurante, aonde a mãe comprou para o filho o famoso sorvete suborna-criança, já que pareceu que o barraco deu certo e a matrícula foi feita, mas ele claramente nem encostou na sobremesa. É uma situação difícil, pois para Percy sua mãe quer se afastar e se livrar dele, ele não entende o que ela está fazendo, o que é compreensível se tratando de uma criança, então ela se levantou para pagar a conta, visivelmente mal. No balcão, Sally viu uma taça de sorvete quase vazia, acendeu um fósforo e jogou lá dentro.

Esse momento foi muito precioso. Sabemos o que ela está fazendo porque já conhecemos esse conceito no segundo episódio, ela está fazendo uma oferenda, uma oração para ser ouvida pelos deuses. Ou melhor, por um deus específico. Quando entendi o que ela estava fazendo, imaginei que ela falaria sozinha para a fumaça do fósforo apagado, que seria um jeito dela de se sentir próxima do ex, sem ter realmente um retorno, mas veio um trovão e começou a chover. Então eu imaginei que a chuva/tempestade seria o sinal que ela esperava e ficaria por isso mesmo, eis que eu me arrepio e meu queixo cai quando vejo Poseidon (Toby Stephens) simplesmente entrando pela porta e sentando ao lado dela. Ele a atendeu. Ele sabia que ela precisava de alguém para conversar e ele não tinha desculpa para não ir.

Quantas vezes algo assim pode ter acontecido? Me pareceu uma rotina. Em momentos difíceis ela chamaria e ele atenderia. Independente disso, só a postura dele já disse muito. Poseidon evitou olhar para Sally e ficou de braços cruzados, duro e difícil, como quem quer se envolver, mas não pode muito. Lembrando: Poseidon é um cara casado, sua esposa Anfitrite está plena em casa no fundo do oceano. O que importa é que Sally desabafou, um desabafo de mãe para pai em todos os sentidos, sobre as dúvidas de como lidar com o filho que está chamando cada vez mais atenção do mundo mágico e poderia atrair coisas ruins, o que ele entendeu e sabia o que ela faria no fim, mesmo ela se negando um pouco. Ela tinha sua resposta, ele não impôs nada nem a forçou a nada, já que ela queria que Percy soubesse quem é antes do Olimpo tentar dizer quem ele deveria ser, pois ele é melhor do que isso e tem coisas melhores dentro de si. Poseidon sabia que seria difícil para os dois, mãe e filho, mas que ele aprenderia coisas que ela não poderia ensinar e ela sabia disso e tomou a melhor decisão, porque ela o criou bem.

Algo que preciso falar rapidinho, é como nos últimos anos estamos cada vez mais enaltecendo pais solos e muitas vezes adotivos na cultura pop, batendo palmas para eles e achando lindo e maravilhoso, mas quase nunca fazemos isso para as mães da ficção e acho que vale a pena nos perguntarmos o porque, mesmo elas existindo desde sempre. E como já disse em outros textos dessa cobertura, volto a repetir: Sally Jackson é a verdadeira heroína dessa história. 

Bom, finalizando a cena e a lembrança, Sally perguntou se Poseidon não queria falar com o filho, nem que fosse ouvir sua voz, mas o deus sabe que isso doeria mais ainda. Um dia ele falaria, quando Percy estivesse pronto, quando soubesse quem é, onde pertencesse e quando o destino revelasse seu verdadeiro caminho, ele estaria ao seu lado. E esse dia vai ser 30 de janeiro de 2024! Quando sai o último episódio.

Antes de falar minhas opiniões gerais, que tal analisarmos como está a profecia? “Você irá para o oeste, e irá enfrentar o deus que se tornou desleal.” Podemos considerar esta parte concluída, já fomos para o oeste e o enfrentamento com o deus desleal, vulgo Ares, já foi anunciado e deve abrir o próximo episódio. “Você irá encontrar o que foi roubado, e o verá devolvido em segurança.” O raio-mestre foi encontrado, só falta devolvê-lo e talvez esse trecho quisesse se referir também ao Elmo das Trevas. “Você será traído por aquele que chama de amigo.” Sem spoilers sobre essa parte, o episódio levanta questões sobre isso, então vou esperar serem respondidas para comentar. “E, no fim, irá fracassar em salvar aquilo que mais importa.” Também podemos marcar com um check essa parte, Percy não salvou sua mãe, apesar de ter feito o caminho todo para isso.

No geral, acho que esse episódio foi o mais redondinho. Tudo tem um motivo para acontecer, se criam desconfianças e dúvidas, o roteiro foi bem amarrado… só faltou o que tem faltado em todos os episódios até agora: emoção, o que fez muitas pessoas considerarem o episódio chato. Com a volta de Engström o aperto no elenco volta e mesmo com um roteiro com piadinhas, elas não se sustentam muito. Basicamente o contrário do que senti no episódio anterior, que achei bem dirigido e com roteiro a desejar. A trilha sonora se esforça muito para trazer sentimento às cenas, mas ela não pode mudar clima algum sozinha. E eu finalmente percebi QUASE NO ÚLTIMO EPISÓDIO que no encerramento, as armas e símbolos de poder nas ilustrações dos deuses estão todas em dourado, um detalhe que demorei a notar, mas muito bacana. E considerando quem aparece no encerramento, a única que falta aparecer para nós é Atena.

Temos imagens do próximo episódio, mais especificamente: Percy de frente para o Pinheiro de Thalia, Quíron conversando com Percy na frente do Chalé 3, o trio na praia e Percy observando uma construção que nos mostra que não só não estamos mais no Kansas como também não estamos mais na Califórnia, fogos de artifício no Acampamento Meio-Sangue, Percy dentro de um elevador abrindo suas portas e depois mostrando o raio-mestre para o recepcionista do nosso conhecido Empire State Building, Percy no Olimpo de frente pra uma sala com 12 tronos e apenas um deles ocupado e enfim o início de sua luta com Ares.

Vale lembrar que em preparação para a série, também tivemos textos sobre o primeiro livro de Percy Jackson e os Olimpianos, e suas adaptações, o filme de 2010 e a graphic novel.

Nos vemos no episódio 8, o último da temporada! 


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