BIA BOCK

Em um ano com um roteiro de surpresas como este, achei justo balancear minhas escolhas entre as novidades e os velhos amigos que encontraram águas novas – seguindo minha usual crença de que “jogo exclusivo” é um desserviço e os títulos têm mais é que serem acessíveis em várias plataformas. Me permiti pensar como design de jogos e fã e escolhi jogos que vão de narrativa a pura batalha de cartas, de single a multiplayer, de AAA a Indie, de 4h a literalmente o infinito – e de todas as plataformas. Deixo também algumas considerações específicas: a Carrion, com sua perspectiva inusitada em um jogo que apesar do ar casual do gameplay apresenta desafios divertidos; a Horizon Zero Dawn, que chegou com todos os bugs possíveis ao PC, corrigidos pela Guerrilla Games com rapidez e o cuidado de ouvir a comunidade a cada atualização; a Tell Me Why, com sua gama de problemáticas difíceis belamente apresentadas com cuidado, carinho e mantendo a “magia” literal e subjetiva propostas no jogo.

Tell Me Why – Dontnod Entertainment
Ghost of Tsushima – Sucker Punch Productions
Horizon Zero Dawn – Guerrilla Games
We Were Here Together – Total Mayhem Games
Teamfight Tactics – Riot Games
Carrion – Phobia Game Studio/Devolver Digital
Hades – Supergiant Games
Legends of Runeterra – Riot Games
Final Fantasy VII Remake – Square Enix
Coffee Talk – Toge Productions
Monster Hunter World: Iceborne – Capcom
Crash Bandicoot 4: It’s About Time – Toys for Bob

BRUNO COSTA

Não foi um ano que joguei muitos jogos, pois a pandemia me fez focar um pouco mais no lado social do que imaginei. A presença de jogos como Phasmophobia, Animal Crossing e principalmente Final Fantasy XIV estão na lista para mostrar que mais do que grandes jogos, o fator da interação direta com outros jogadores pesou muito para mim. No entanto, as minhas duas primeiras colocações são de franquias que amo, são dois RPGs totalmente diferentes (o último Yakuza é praticamente uma grande homenagem a série Dragon Quest) mas que tem uma soma de qualidades que ultrapassa os seus empecilhos. 2020 foi um ano (infelizmente) atípico, mas tentando manter um certo grau de otimismo, podemos prever um 2021 bem melhor também nos videogames, especialmente com a nova (agora atual!) geração de consoles servindo de base para jogos com cada vez mais possibilidades.

Final Fantasy VII Remake – Square Enix
Yakuza: Like a Dragon – Ryu Ga Gotoku Studio
Animal Crossing: New Horizons – Nintendo EPD
Hades – Supergiant Games
Final Fantasy XIV (Patch 5.3) – Square Enix
Ghost of Tsushima – Sucker Punch Productions
The Last of Us – Part II – Naughty Dog
Spiritfarer – Thunder Lotus Games
Crusader Kings 3 – Paradox Development Studio
Carrion – Phobia Game Studio/Devolver Digital
Microsoft Flight Simulator – Asobo Studio
Phasmophobia – Kinetic Games

DAVIDOBACON

Fiz a seleção com base nos jogos que eu mais gostei de jogar. O fator “diversão” foi o norteador da escolha.

The Last of Us – Part II – Naughty Dog
Spider-Man: Miles Morales – Insomniac Games
Hades – Supergiant Games
Final Fantasy VII Remake – Square Enix
Ghost of Tsushima – Sucker Punch Productions
Valorant – Riot Games
Ori and the Will of the Wisps – Moon Studios
Animal Crossing: New Horizons – Nintendo EPD
Call of Duty: Warzone – Infinity Ward / Treyarch / Raven Software
Fall Guys – Mediatonic
Genshin Impact – miHoYo
Doom Eternal – id Software

LENA RODRIGUES

The Last of Us, Ghost of Tsushima e FF7 foram os jogos que marcaram a minha experiência com videogame em 2020, e eu na verdade tenho dificuldade de decidir qual deles foi o melhor. Ranqueei por nível de impacto emocional (leia-se: lágrimas derramadas). Animal Crossing e Ori são jogos com os quais eu tive pouco contato mas que amei imediatamente, por isso os dois ficam no top 5. RE3 foi divertido, mas dentro do contexto de 2020, foi uma experiência um pouco estressante. Spider-Man e AC: Valhalla são jogos que eu mesma não joguei, só assisti gameplay e fiquei na vontade. Os dois me parecem excelentes, e eu mal posso esperar pra jogar, mas não tenho como dar uma opinião melhor sem ter tido contato direto com os jogos, então ficaram por último. Queria também adicionar uma menção honrosa pro Among Us, que não é de 2020, mas foi um jogo muito marcante esse ano, que é muito divertido de jogar e de assistir os outros jogando.

The Last of Us – Part II – Naughty Dog
Ghost of Tsushima – Sucker Punch Productions
Final Fantasy VII Remake – Square Enix
Ori and the Will of the Wisps – Moon Studios
Animal Crossing: New Horizons – Nintendo EPD
Resident Evil 3 – Capcom
Spider-Man: Miles Morales – Insomniac Games
Assassin’s Creed Valhalla – Ubisoft Montreal

MIGUEL, O LEGALZÃO

2020 foi um ano que chegou prometendo muito pouco e surpreendeu. Jogos que já se esperavam que fosse bons como Final Fantasy 7 Remake e The Last of Us Parte 2 foram acima das expectativas, e surpresas incríveis vindo do cenário como Fall Guys e Hades chegaram para salvar os nossos corações. Esses dois foram os jogos que mais joguei esse ano, seguido de Animal Crossing. Jogos que, de alguma forma, sabiam como seria 2020 e foram feitos exatamente para no ajudarem nesse ano tão difícil. Seja com o multiplayer leve e bom de jogar com os amigos de Fall Guys. Ou nas batalhas frenéticas e eternas de Hades, ou na tranquilidade de viver em paz numa ilhazinha de Animal Crossing. Esses foram jogos que salvaram o ano por serem incríveis em suas propostas. Mas todo bom jogo lançado em 2020 acabou marcando de uma forma ou de outra porque ele nos deu entretenimento quando mais precisávamos. Foi um ótimo ano para jogos.

Hades – Supergiant Games
Animal Crossing: New Horizons – Nintendo EPD
Final Fantasy VII Remake – Square Enix
Fall Guys – Mediatonic
Ghost of Tsushima – Sucker Punch Productions
Ori and the Will of the Wisps – Moon Studios
Carrion – Phobia Game Studio/Devolver Digital
Crash Bandicoot 4: It’s About Time – Toys for Bob
Doom Eternal – id Software
Valorant – Riot Games
Carto – Sunhead Games
Streets of Rage 4 – Dotemu / Lizardcube / Guard Crush Games

TATIANA FERREIRA

2020 foi um ano que, particularmente, me senti bastante desconectada com o mundo dos videogames. Nada que saia do grupo AAA tinha um grande interesse de minha parte, e do grupo de indies – o meu favorito – simplesmente não tinha motivação para acompanhar lançamentos. Acabei me virando para franquias queridas do passado, o tal do “comfort food”. Não tiveram sequências durante 2020, mas joguei horas cavalares de Halo e Fallout. O que me traz atenção para várias entradas na lista que é composta de muitas sequências, spin-offs e remakes. Tive poucas experimentações em algumas franquias e IPs novas, mas as que apareceram me fizeram questionar o porquê eu não jogo esse tipo de jogo (estou olhando pra você, Doom), questionamentos bons para se ter num ano em espiral. Sendo um ano tão atípico, acho justo que fiquemos mais próximos do que já conhecemos, ou até mesmo utilizar jogos para ficarmos mais próximos de outros, os jogos cooperativos, multiplayers e MMOs – embora nenhum estejam na lista – vejo como grandes pontos positivos durante esse ano. Quando um jogo de dois anos atrás (Among Us) se torna um fenômeno midiático com diversos tipos de pessoas jogando. Acho que a lição – e não somente os jogos, mas outras formas de mídia também -, é olhar mais para o senso de comunidade e menos imediatismo.

Half-Life: Alyx – Valve
Hades – Supergiant Games
Spider-Man: Miles Morales – Insomniac Games
Amnesia: Rebirth – Frictional Games
Crusader Kings 3 – Paradox Development Studio
Doom Eternal – id Software
The Last of Us – Part II – Naughty Dog
Cyberpunk 2077 – CD Projekt Red
Factorio – Wube Software
Watch Dogs Legion – Ubisoft Toronto
Mafia: Definitive Edition – Hangar 13
Mount and Blade II: Bannerlord – TaleWorlds Entertainment

THIAGO HENRIQUE SENA

Em 2020, devido a pandemia de COVID-19, o mundo precisou revisitar certos hábitos e rever certas atitudes. Muito do eventual tédio sentido pelas pessoas foi abrandado pelos jogos eletrônicos. Jogar videogames tornou-se um hábito e uma nova forma de entretimento para milhões de novos jogadores. Isso, é claro, refletiu-se nos sucessos de venda e crítica nesse ano. Muitos jogos multiplayers, Fall Guys por exemplo, foram jogados, além de novas experiências em termos narrativos e consumistas. Além do clima gerado pela constante incerteza devido à COVID-19, 2020 também foi um ano de final de geração com grandes lançamentos exclusivos e jogos AAA.

Não podemos encerrar uma lista de melhores jogos de 2020 sem citar alguns como Animal Crossing: New Horizon, que foi lançado pouco antes da pandemia explodir e que ajudou muita gente a passar por esse momento difícil; passamos também por jogos com forte apelo narrativo como Ghost of Tsushima e The Last of Us part II que encerram os exclusivos do PlayStation 4 com chave de ouro e abrem portas para o futuro dentro do console da Sony. Também foi um bom ano para revisitar RPGs, Xenoble Chronicle Defitive Edition e Final Fantasy VII Remake chegaram para compor a lista de bons jogos remasterizados e refeitos com a adição de novos elementos e novas mecânicas.

Para finalizar, a nova geração chegou com tudo jogos como Spider-Man: Miles Morales e Demon’s Souls são exemplos do poderio dos consoles atuais. 2020 foi um ano que surpreendeu muito no mundo dos jogos. Contudo, esperava-se mais sobretudo de um engajamento maior da comunidade e de um limpeza na toxicidade dos chamados “gamers”, mas nem tudo está perdido e ainda há esperança seja com um New Game ou com um New Save Point.