VEJA MULHERES – 5 filmes dirigidos por mulheres para ver em Março

De início, eu tinha escrito essa lista para enumerar filmes dirigidos por mulheres que tinham chance de se destacar nas premiações desse ano, como um especial do nosso Veja Mulheres, sem a limitação de falar apenas de cinco obras. Porém ela acabou atrasando, premiações foram acontecendo e o óbvio foi se escancarando mais uma vez: minorias sociais ou culturais continuam sem ter o devido reconhecimento nesses espaços. Temos alguns anos que surpreendem, mas continuam sendo exceções à regra. 

As premiações, assim como os votantes e até mesmo as pessoas que trabalham na indústria cinematográfica têm um medo ou aversão muito palpável de qualquer mudança que seja. Os indicados seguem sendo os mesmos tipos de filmes, sendo feitos pelas mesmas pessoas infinitamente. Logo, temos o mesmo homem velho branco e cis indicado pela 40ª, 50ª, 60ª, 100ª vez que seja, sem sequer abrir espaço para novos homens brancos e cis. Que chance o resto das pessoas tem?  Ver os mesmos rostos e nomes todas às vezes sempre faz eu me perguntar “será que essa pessoa precisa ser indicada de novo? Já não ficou claro depois de tantos anos, tantas indicações e prêmios que ela faz um ótimo trabalho? Precisa de mais? Quando outras pessoas vão ter espaço se essas não abrem espaço?” E sim, eu sei que você pensou em alguns homens grisalhos nesse momento.

Falando mais especificamente de mulheres, acaba que não importa se ela tem uma direção impecável em um filme impecável ou conseguiu a maior bilheteria dos últimos anos, nunca é o suficiente, mas o mais repetitivo ou derivativo trabalho feito por um homem em um filme claramente feito nos moldes de ganhar premiações, sempre é mais do que suficiente para se destacar. E nem vou começar a falar sobre como filmes de terror, comédia, romance ou em formato de animação simplesmente não são levados a sério. 

Enfim, com essa lista venho trazer filmes de diretoras que junto com Greta Gerwig, Celine Song, Sofia Coppola, Emerald Fennell e Justine Triet, mereciam muito mais, porém sem colocar Barbie (2023), Vidas Passadas (Past Lives, 2023), Priscilla (2023), Anatomia de uma Queda (Anatomie d’une Chute, 2023) e Saltburn (2023), já que estes conseguiram furar suas bolhas e alcançar novos públicos naturalmente. Ainda assim me foquei em longas-metragens de ficção, mas é importante lembrar que mulheres estão presentes em muitos curtas-metragens e documentários que estiveram na corrida das premiações, seguindo o perfil Mulher no Cinema, no Instagram, você consegue acompanhar e saber quais são.


Belas e Recatadas

(Polite Society, 2023)

Direção: Nida Manzoor

Ria (Priya Kansara) tem certeza de que sua irmã está prestes a entrar em um casamento arranjado com uma família do mal. Depois de pedir ajuda a suas amigas, ela tenta realizar o mais ambicioso dos sequestros de casamento em nome da independência e irmandade.

Onde assistir: Telecine


Mil e Um

(A Thousand and One, 2023)

Direção: A.V. Rockwell

Inez (Teyana Taylor) é uma pessoa de espírito livre e incorrigível. Convencida de que tem uma última chance no caminho para a redenção, ela sequestra seu filho do sistema de adoção e juntos buscam um novo sentido de pertencimento, identidade e estabilidade na instável Nova York.

Onde assistir: Telecine


The Peasants

(Chlopi, 2023)

Direção: DK Welchman e Hugh Welchman

Drama histórico de animação que adapta um romance vencedor do Prêmio Nobel sobre uma camponesa polaca do final do século XIX que cria o caos ao casar com um homem rico mais velho.

Onde assistir: –


Rye Lane: Um Amor Inesperado

(Rye Lane, 2023)

Direção: Raine Allen-Miller

Dois jovens, na casa dos vinte, abalados com seus términos e que se conectam em um dia agitado no sul de Londres, se ajudando a lidar com o pesadelo que são seus ex enquanto recuperam a fé no romance.

Onde assistir: Star+


How to Have Sex

(2023)

Direção: Molly Manning Walker

Três adolescentes britânicas passam um feriado juntas, bebendo, indo a boates e namorando, naquele que deveria ser o melhor verão de suas vidas. Enquanto dançam pelas ruas de Mália, elas se vêem navegando pelas complexidades do sexo.

Onde assistir: MUBI


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