O Último Mestre do Ar – Pior do que ruim, desinteressante

Ali por 2010 e 2011 estava terminando uma das maiores franquias de filmes infanto-juvenis de fantasia e todos os estúdios estavam querendo ser o próximo a dominar essa fatia de mercado. Eu falo um pouco sobre isso no meu texto de Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpente (Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes (The Hunger Games: The Ballad of Songbirds and Snakes, 2023) e mais recentemente no meu texto de Percy Jackson e o Ladrão de Raios (Percy Jackson e o Ladrão de Raios (Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief, 2010). 

Hoje vamos falar da empreitada da Paramount Pictures para tentar conquistar esse público que foi um pouco diferente, ao invés de adaptar uma série literária, o estúdio optou por adaptar uma série de animação que havia terminado pouco tempo antes, em 2008. Assim surgiu O Último Mestre do Ar (The Last Airbender, 2010) a desastrosa adaptação de Avatar: A Lenda de Aang (Avatar: The Last Airbender, 2005 – 2008).

Temos um texto sobre a primeira temporada da animação que vocês podem conferir aqui e já ter uma base de como funciona esse universo tão encantador. Eu revi essa primeira temporada em 2022 e ainda me lembro dela bem o bastante para ser bem chata ao falar sobre essa adaptação.

A história do filme segue o básico da primeira temporada da série criada por Bryan Konietzko e Michael Dante DiMartino. Em um mundo concebido a partir de influências asiáticas dividido em quatro nações: o Reino da Terra, a Nação do Fogo, as Tribos da Água e os Nômades do Ar. Cada nação com uma ligação especial com seu elemento, criando assim os dominadores, pessoas das nações capazes de dominar um dos quatro elementos. Para manter o equilíbrio entre as nações e uma espécie de outra dimensão que é o mundo espiritual existia a figura do Avatar, uma pessoa que reencarnava alternando as nações e era capaz de dominar os quatro elementos.

Cem anos antes de a história começar, o Avatar mais recente desapareceu, antes mesmo de ser revelado para o mundo e nesse meio tempo a Nação do Fogo iniciou uma guerra contra as outras nações, as subjugando e assumindo o controle do mundo. Até que por acaso os irmãos Katara (Nicola Peltz Beckham) e Sokka (Jackson Rathbone), cidadãos da Tribo da Água, encontram um menino preso no gelo, que é ninguém mais ninguém menos do que Aang (Noah Ringer), um dominador de ar e o Avatar, preservado no Polo Sul durante um século. Então se inicia uma jornada para Aang libertar as nações da tirania da Nação do Fogo e aprender a dominar os demais elementos.

Um universo que nunca perdeu força ou relevância

É difícil de imaginar que faz dezenove anos desde que A Lenda de Aang estreou. A série ganhou uma continuação, Avatar: A Lenda de Korra (The Legend of Korra, 2012 – 2014) e ainda continua até hoje em quadrinhos e recebendo prequelas, histórias que se passam antes da obra original, em formato de livros e está prestes a ser lançado no Brasil o sistema de RPG inspirado no universo, Avatar Legends: The Roleplaying Game, então é como Star Wars basicamente, nunca perdendo completamente a evidência para quem acompanhava e se mantendo vivo.

Avatar não conseguiu isso apenas por ser um universo muito detalhado, cativante e bem construído, mas por talvez, ainda bebendo de suas fontes asiáticas, ter uma abordagem que lembra o que Hayao Miyazaki, famoso diretor do Studio Ghibli, faz com seus filmes, não subestimando as crianças na hora de contar uma história. Então Avatar aborda temas como machismo, xenofobia, racismo, LGBTfobia, opressão, segregação, capacitismo, liberdade religiosa, diferenças culturais e principalmente fascismo. A crítica a regimes totalitários é algo muito presente e importante para a história e todas essas temáticas são abordadas de modos muito bem pensados.

Simplesmente uma série essencial para quem gosta de universos fantásticos.

Criadores vs Paramount

A Lenda de Aang ainda é até hoje um dos maiores sucessos do canal Nickelodeon, prova disso foi ter se tornado uma franquia também de grande sucesso, mas uma coisa que sempre pareceu estranho foi a série ter tido apenas três temporadas e não quatro. Algo que ao reassistir à animação recentemente me faz pensar que faria muito sentido se existisse uma quarta temporada, já que a terceira parece ter dois arcos complexos espremidos em 21 episódios, literalmente Aang só começa a aprender a dominar o fogo no episódio 13. Os oito episódios seguintes precisam dividir espaço entre esse aprendizado, a redenção de Zuko para com os outros quatro personagens, os conflitos internos de Aang e a grande luta final. É bem corrido.

Pouco antes da série acabar, surgiu uma fofoca. Segundo um dos roteiristas da série, Mike e Bryan tinham planejado três temporadas, mas quando o assunto de uma 4ª surgiu, pareceu que seria levado para frente, o tal roteirista citou até mesmo um maior desenvolvimento da personagem Azula, com uma emocionante jornada de redenção auxiliada de perto por Zuko. Entretanto, foram barrados pela Paramount, que queria que a animação acabasse logo para desenvolver o live action e então voltaram ao plano original. Porém segundo os criadores, sempre foi planejado três temporadas e nunca se planejou mais do que isso. Disseram inclusive que nem pretendiam continuar a história antes de receberem o convite da Dark Horse Comics para fazer isso em quadrinhos.

Pessoalmente é algo que não me convence. A trama corrida da última temporada, a proximidade com o filme, os quadrinhos terem começado a ser lançados em 2011… Para mim parece muito que os criadores tinham muitas ideias e vontade de continuar, mas a Paramount já tinha planos que considerava mais lucrativos.

Quando o filme começou a ser desenvolvido, Mike e Bryan deixaram bem claro que não queriam que isso acontecesse, mas como estava acontecendo, gostariam de estar envolvidos, mas não foi permitido. Eles chegaram a ter algumas conversar com Shyamalan depois de ele ser escolhido para dirigir, mas em algum momento uma grande briga aconteceu e eles se afastaram, entrando para o grupo nada pequeno de autores e criadores que desprezam completamente os filmes baseados em suas obras.

Shyamalan vs Paramount

A batata quente agora estava na mão de M. Night Shyamalan, famoso até hoje por ter dirigido e roteirizado O Sexto Sentido (The Sixth Sense, 1999) e Corpo Fechado (Unbreakable, 2000). Já no início, a primeira versão do roteiro que ele escreveu, contemplando todos os episódios da primeira temporada da animação, estava projetando um filme de sete horas. Obviamente, pediram que ele fizesse uma versão mais curta, e ele concordou com isso, mas era só o começo de uma grande e dolorida jornada.

Estamos falando da primeira década dos anos 2000, onde não se falava tanto e tão abertamente sobre representatividade, então os filmes eram repletos apenas de pessoas brancas. O problema é que Avatar, por beber de culturas asiáticas e outras etnias, tem personagens codificados com as mesmas e isso é bem claro para quem assiste – mesmo que o traço do desenho arredonde muitas formas para deixar personagens com aparência mais fofa e amigável. Porém o que se viu no live action foi uma escolha de elenco branco para as personagens “boas” e elenco indiano, iraniano e maori para as personagens “ruins”.

Pessoalmente, eu acho louvável Shyamalan ter conseguido colocar indianos e iranianos no filme, porque a animação acaba explorando muito os povos asiáticos amarelos e deixando de lado os asiáticos marrons, mas quando todas essas pessoas são da Nação do Fogo, ainda mais no início da história, fica complicado defender. A etnia toda acaba vilanizada e Iroh para mostrar que é diferente dos outros, também o é fisicamente. Eu entendo que deve ter sido algo difícil de negociar com o estúdio, mas ele mesmo rebatia essas críticas dizendo que nas continuações que nunca aconteceram, a franquia seria a mais diversa já produzida. Se a Paramount ou a Nickelodeon Movies disse isso para ele e ele acreditou, foi muito otimismo.

Claro, como eu falei, primeira década dos anos 2000, nem mesmo uma parte do público entendia a questão da representatividade direito e a internet inclusive pedia por Chloë Grace Moretz para interpretar Katara. Zac Efron fez audições para interpretar Sokka e Shyamalan até o convidou para o papel, mas ele recusou por conflitos de agenda. Originalmente Zuko seria interpretado por Jesse McCartney, mas foi substituído por Dev Patel também por conflitos de agenda. Um site foi criado para que as pessoas mandassem seus vídeos se candidatando a papéis no filme, foi assim que o protagonista foi escolhido. Noah Ringer era um garoto simpático e praticante de artes marciais, ele gravou um vídeo seu com a cabeça raspada com a seta azul de Aang em sua cabeça e assim ele conquistou o papel. Seu primeiro papel na vida, em um dos maiores blockbusters que seria lançado naqueles anos. Nenhuma pressão.

Algo difícil para Shyamalan foi conciliar o diretor com o pai que criou carinho pela obra que estava adaptando ao assisti-la com seu filho. Isso fez com que fosse complicado para ele escolher o que manter e o que cortar da história, ele nunca tinha trabalhado com um filme com um volume tão grande de informação. Muitos pontos são extremamente fiéis, mas a falta de tato para conciliar essa fidelidade com uma história que faça sentido o prejudicou. Ele até mesmo quis, segundo suas palavras “honrar a pronuncia asiática dos nomes das personagens” o que gerou um estranhamento muito grande com alguns deles.

A verdade é que Shyamalan queria que aquele fosse um filme do Shyamalan, mas a Paramount queria um filme formulaico. Era época de filmes de fantasia formulaicos e mastigados, era uma tendência que o mercado queria seguir, o problema foi convidarem um diretor incrivelmente autoral para isso. Ele queria abraçar os simbolismos e filosofias do material de origem na história, mas teve suas asinhas cortadas, então foi um processo de produção onde o filme não era nem formulaico, nem autoral, mas uma confusão dessas duas coisas. 

Anos depois, o querido abriria o jogo e como dizemos aqui no Ceará, esculhambaria o filme sem dó nem piedade. Segundo Shyamalan O Último Mestre do Ar e Depois da Terra (After Earth, 2013) eram “filmes lixo” que ele fez em uma tentativa de se encaixar e procurar aceitação e validação dentro da bolha de Hollywood, de ter segurança e estabilidade financeira enquanto realizava suas obras, mas ele se sentiu perdido enquanto fazia isso. Vindo de dois fracassos com A Dama na Água (Lady in the Water, 2006) e Fim dos Tempos (The Happening, 2008), ele achou que seria o melhor caminho a seguir. Além disso, citou que se sentia pressionado pelo estúdio não a fazer um filme para crianças, mas a fazer algo no estilo de Transformers (2007), com Megan Fox. Não dá para negar que Michael Bay iniciou uma franquia de sucesso se apoiando em uma boa dose de hipersexualização e tirando ela do público infantil e entregando para um mais “maduro”. Night aceitou as críticas feitas a essas obras e a ele mesmo, dizendo que existiam pessoas mais preparadas do que ele para assumir aquela função. Ele não foi o único a se sentir assim, Dev Patel já disse em entrevistas que se assistir em O Último Mestre do Ar, foi o que o fez decidir não fazer mais blockbusters.

A verdade é que nosso indiano se sai melhor em sua posição de autor incompreendido e diferentão, ainda que com resultados que oscilem na hora de agradar o público. Apesar de tudo, em vídeos dos bastidores é possível perceber que pelo menos durante as gravações as pessoas conseguiram se divertir e ter uma experiência agradável. No fim, foi importante para algumas pessoas passar por essa produção para aprenderem coisas sobre si mesmas como artistas parte dessa indústria.

No entanto, para não perder o costume, após as gravações, o estúdio cortou quase 30 minutos do filme, cenas que estavam gravadas e fariam alguma diferença no material final, inclusive uma em que uma vila no Reino da Terra é mostrada em detalhes e ela tem características de povos africanos. Segundo boatos, isso foi feito para que o filme pudesse ser convertido para 3D a tempo de sua estreia.

Paramount venceu?

Bom, o resultado foi que o filme ganhou o prêmio de Pior Filme do Ano no Framboesa de Ouro 2010 e deu pouquíssimo retorno financeiro.

Antes de bater, vale fazer um carinho. O figurino e o cenário de O Último Mestre do Ar, por mais limitados que sejam, são muito caprichados e bem feitos, os efeitos visuais eram ótimos para a época e a trilha sonora honra tudo que aquele universo fala. A caracterização das tatuagens de Aang para mim ficou belíssima. Como mencionei acima, gosto da inclusão de pessoas asiáticas marrons, até para diferenciar mais a Nação do Fogo do Reino da Terra. O meu detalhe favorito é algo que Mike e Bryan mencionaram que queriam ter colocado na animação, mas acabaram não colocando, que era dominadores de fogo precisarem de fogo produzido externamente. Assim, conseguir produzir suas chamas é uma demonstração de extrema habilidade e poder, como vemos com Iroh (Shaun Toub) e que parece estar vindo com Zuko, que é capaz de aquecer os dedos.

Até algumas decisões de roteiro que muitas pessoas não gostam eu acho que faz sentido. Como Katara e Sokka não saberem nada sobre o Avatar, já que a Tribo da Água teme mencionar isso e ser rechaçada, a humilhação de Zhao (Aasif Mandvi) com Zuko, expondo informações, mas condiz com a personalidade criada para ele no filme. Terem criado um teste de como os elementos reagem ao Avatar, uma abordagem mais visual do que o teste de brinquedos, foi uma decisão interessante, mas eu adoro especialmente a cerimônia/gesto de aceitar ser o Avatar perante o povo. São alguns elementos que eu gostaria que fossem reaproveitados em obras futuras do universo, mas é apenas ilusão minha.

E Noah Ringer é fofo, simpático e realmente se parece com o Aang da animação, conseguindo até mesmo inflar as narinas como o personagem faz várias vezes. Ele claramente se dedicou muito, fez suas cenas de luta e é nítida e diferença entre ele e o resto do elenco sem conhecimento de luta. Por mais que não tenham investido em sua preparação como ator e ele tenha deixado a desejar nesse quesito, ele merecia mais carinho do público.

Porém claramente nada disso salva o filme de si mesmo. 

O roteiro ficou muito confuso para quem não assistiu a animação. Assisti aos vídeos do Canal PeeWee e do Omelete comentando a obra e isso fica muito claro nas percepções delus. Foi difícil entender o mínimo! Por exemplo: que é uma tarefa de Zuko capturar o Avatar, que a Nação do Fogo foi quem assassinou os Nômades do Ar, que a água tem poder de cura e etc. Não é possível entender a importância do Avatar para aquele mundo ou do Aang. Ele é importante porque cabe a ele resolver aquele desequilíbrio, mas também, como entender isso sem ter um pingo de diversão?

Fora as questões que o próprio roteiro não entende. A avó (Katharine Houghton) dizendo que a habilidade de Aang controlar os elementos vai mudar corações, mas ele muda corações por quem ele é! Esvaziaram a questão de Aang querer uma família, tiraram o fardo de ser o Avatar e ele não querer tamanha responsabilidade. Sem contar a completa ausência de debates sobre guerra, o machismo da Tribo da Água e na verdade, tirar qualquer traço de personalidade dos povos, cada um resumido apenas a cor de suas roupas e a controlar seus elementos, exceto que a Nação do Fogo é militarizada e tem uma cultura bélica, não sabemos de mais nada.

A incorporação das artes marciais até ficou legal, mas os elementos não parecerem corresponder aos movimentos dos atores é que estraga a ideia. Um exemplo disso é o icônico momento em que nada menos do que SEIS DOMINADORES DE TERRA fazem uma dancinha e uma única pedra passa pela tela. A cena ficou mais patética ainda para mim quando percebi que na verdade quem está movendo aquela pedra é outro cara que ficou no canto do plano e passa despercebido, ou seja, os outros seis estavam apenas se exibindo.

M. Night Shyamalan pode ser muita coisa, mas não é um diretor de ação, muito menos de cenas de ação abertas. Conversamos em nosso grupo do Telegram aqui do site um pouco sobre isso – não sobre este filme especificamente -, sobre como diretores precisam ser versáteis, mas também saber suas limitações, nem todo filme é feito para todo mundo assistir, muito menos para qualquer um dirigir. Sua ideia de tornar as lutas mais parecidas com danças foi interessante, mas ERAM LUTAS! É preciso impacto e intensidade, mas isso se perde e enfraquece o filme. Em algum momento ele apenas desistiu e começou a fazer tudo sem vontade. Diversos planos cortam a cabeça dos personagens, o elenco parece extremamente estranho ao dizer suas falas sem nenhum apoio ou orientação para guia-los.

A jornada toda parece sem objetivo, no início existe toda uma tensão para Aang revelar que é o Avatar e enquanto isso vão viajando sabe-se lá por que. Inclusive, as personagens sempre esperam chegar ao chão para conversar, nenhuma conversa acontece em cima de Appa por mais que passem horas viajando nele, provavelmente para economizar dinheiro em efeitos. Appa este inclusive que além de feio, não é mais do que um meio de transporte na trama, ao invés de um companheiro importante. A falta de verba também se mostra um pouco quando vão para o Templo do Ar do Sul, com os corpos na grama e sem a gruta onde o esqueleto de Gyatso (Damon Gupton) é encontrado originalmente.

Cortar completamente personagens como Suki, Bumi e Teo foi um tiro no pé muito grande, por mais que em uma cena excluída seja apontada a existência das Guerreiras Kyoshi, não é sequer citada a Ilha Kyoshi e a conexão espiritual com outras encarnações do Avatar falecidos. Ozai (Cliff Curtis), o Senhor do Fogo, o grande vilão da trama, é introduzido como um personagem qualquer, para depois ser mostrado de modo misterioso, como se nunca tivesse sido apresentado. Zhao parece ter algum aparelho de teletransporte porque ele está em algum lugar do oceano para na cena seguinte estar na Nação do Fogo e depois de volta ao seu navio.

Aang vira um exímio mestre da arte do conversa-no-jutsu (uma piada com os jutsus, em Naruto), ele faz muitos discursos motivadores friamente calculados para serem bregas e supostamente profundos. Todas as relações são rasas, não existem sentimentos entre personagens com exceção de Zuko e Iroh, Katara e Sokka poderiam ter sido simplificados em um só personagem que não faria diferença na trama, os dois só são lembrados pontualmente, e até Iroh não tem uma grande luta, apenas uma intimidante demonstração de poder.

Para não irem direto para a Tribo da Água do Norte, dão uma desculpa qualquer sobre despistar Zuko e criaram um dragão espiritual só por ser algo legal aparentemente, o que só me faz pensar que colocar qualquer Avatar anterior no lugar dele seria mais barato e significativo.

No final, ainda temos uma aparição de Azula (Summer Bishil) e a menção ao Cometa de Sozin dali a três anos, dando a entender que seria lançado um filme por ano, o que sabemos que não aconteceu. 

Expectativas para o futuro

A boa notícia é que estamos falando de uma franquia que nunca morreu. Ela continua relevante desde sua criação, mas os olhos todos se voltaram para a Netflix, nossa querida locadora vermelha, quando ela anunciou que faria uma série em live action adaptando a querida animação.

A princípio os criadores foram chamados e a empresa proclamou para quem quisesse ouvir que respeitariam a visão deles sobre sua própria obra, para poucos meses depois, ambos se desligaram da produção por “diferenças criativas”, dizendo que a série poderia ser divertida, mas não era o que eles desejavam para ela. Antes de sair eles deram consultoria e responderam perguntas importantes de quem permaneceu na produção. A série da Netflix já foi lançada e temos um texto sobre ela bem aqui para você ler depois que terminar este, mas ela já foi renovada e está garantido que a jornada de Aang será adaptada até o final desta vez.

Para nossa felicidade, Mike e Bryan já deixaram claro que não vão abandonar seu universo criado com tanto afinco, com a fundação do Avatar Studios estaremos muito bem servides de animações nos próximos anos. Estão confirmados: um filme mostrando o time Avatar de Aang adulto; uma nova série animada mostrando o Avatar posterior a Korra, ou seja, o novo Avatar da Terra; um filme protagonizado por Zuko; uma série infantil educativa; um filme do novo Avatar da Terra e uma série com temática não divulgada.

Isso tudo fora os lançamentos em quadrinhos, livros, jogos e o RPG de Avatar que citei anteriormente. Para acompanhar novidades sobre essas produções eu sugiro acompanhar o Mundo Avatar nas redes sociais.

O Último Mestre do Ar é um filme que não consegue aproveitar seu material de origem, gera no máximo um encantamento de início por ser um universo claramente vasto e muito rico, mas não diverte, não cativa e você termina de assistir sem simplesmente ligar para nada do que gastou suas uma hora e quarenta minutos. Serve apenas, para atrair interesse para a animação.

Por muito tempo esse filme foi tudo que os fãs de Avatar tiveram, mas hoje, estamos muito bem servides e continuaremos por algum tempo, então, é melhor esquecer o passado e olhar para o futuro.


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