Da última vez que nos vimos, Caitlin (Sydney Park) tinha sido atropelada por um carro desconhecido no final do quinto episódio da primeira temporada de PLL: The Perfectionists. Os episódios seguintes, respectivamente intitulados “Achados e Perdidos” (Lost and Found) e “Semana Morta” (Dead Week), trouxeram uma série de novas descobertas para adensar a trama, já complexa, da série. Então, é isso que nós sabemos até agora:
- Taylor Hotchkiss (Hayley Erin) está viva, e com a ajuda de Alison (Sasha Pieterse), decidiu retornar a vida que antes possuía. Isso significa que Claire Hotchkiss (Kelly Rutherford) não está na lista de suspeitos de Taylor sobre quem seria a pessoa que tentou matá-la e levou-a a fingir sua morte. Isso também significa que Taylor confia no sistema de segurança e vigilância da BHU, coisa que Alison não acha prudente.
- Mason Gregory (Noah Gray-Cabey) não matou Nolan Hotchkiss (Chris Mason). Após Caitlin nocautear Mason na cabana da floresta e roubar seu telefone, o objetivo dos perfeccionistas era conseguir provas de que Mason era o assassino de Nolan. Como primeiro suspeito na série, a probabilidade de que ele realmente fosse o assassino era baixíssima, mas os personagens não sabem disso. Após o atropelamento de Caitlin, Dylan (Eli Brown) e Ava (Sofia Carson) voltam até o local do acidente para procurar o celular de Mason, e acabam sendo perseguidos por uma pessoa disfarçada, só para darem de cara (de uma forma super clichê) com Dana Booker (Klea Scott), a chefe de segurança da BHU que, não só encontrou o celular no esgoto antes deles como já sabe que Mason não é o assassino de Nolan: ele possui um álibi sólido.
- Mason era a “apólice de seguro” de Nolan. Foi assim que ele conseguiu chantagear os perfeccionistas por tanto tempo, Nolan precisava de alguém de confiança que soubesse de seus segredos caso algo acontecesse com ele. Isso significa, entretanto, que Mason não roubou a “caixa de segredos” da cabana de Nolan, e os perfeccionistas percebem que provavelmente a pessoa que os está ameaçando é a mesma pessoa que atropelou Caitlin, e que provavelmente isso está acontecendo porque ela acredita que um dos perfeccionistas cometeu o assassinato de Nolan.
- Taylor Hotchkiss possui um sistema de vigilância que é uma cópia do atual sistema da BHU, porém mais avançado. Mona (Janel Parrish) encontra o programa dentro do trailer de Taylor e consegue não só descobrir como funciona, mas também usá-lo para ajudar na sua busca pelo assassino de Nolan. Ela descobre que o sistema consegue fazer um reconhecimento de movimento entre funcionários e alunos, e também consegue afirmar a localização específica de um indivíduo caso seu telefone esteja logado na rede wifi do campus. Fica claro que Taylor sabe mais do que está dizendo sobre o assassinato de Nolan, e o espectador pode se perguntar se é ela que está chantageando os perfeccionistas a confessar um crime que não cometeram. Isso nos leva ao fato de que nenhum dos perfeccionistas foi inocentado realmente, já que Alison resolveu acreditar na palavra deles sobre serem inocentes e forneceu um falso álibi a polícia. Não seria a primeira vez que um protagonista da série é falsamente inocentado para não parecer suspeito aos olhos do espectador. Talvez alguém do trio realmente tenha matado Nolan (se tivesse que escolher, apostaria no Dylan).
Levando em consideração tudo que aconteceu nos últimos dois episódios, a qualidade da narrativa caiu muito desde o piloto. Eu entendo que essa é uma série cuja maior parte da audiência são adolescentes, mas os clichês precisam também ser maneirados se não eles param de funcionar. As tramas paralelas também têm se tornado cansativas, pouco se importa se Dylan conseguirá reatar as coisas com seu namorado ou se Ava conseguirá o estágio na Vogue, e o desenvolvimento de Caitlin com uma de suas mães se mostrava algo bastante promissor até que foi cortado pela raiz no episódio seguinte. Sim, é preciso criar-se suspense sobre quem é o assassino, mas também é preciso manter o espectador interessado nos outros aspectos da história para que possa haver um suspiro entre os muitos momentos chocantes que a narrativa procura entregar. Tendo dito isso, o final do episódio 7 revela uma descoberta importante e levanta a expectativa para o episódio da próxima semana, então só nos resta aguardar e torcer para que a série reencontre seu ritmo.
Graduada em Cinema e Audiovisual. Roteirista, produtora, feminista e a pisciana mais ariana do mundo. Fã de Buffy, Harry Potter e Brooklyn 99, Gabi passa seu tempo ensinando que não se deve sentir vergonha das coisas que gostamos, nem deixar de questionar as coisas só porque gostamos delas.