Dia 20/03 estreou o episódio piloto na nova série da FreeForm, Pretty Little Liars: The Perfectionists, o segundo spin off do sucesso mundial Pretty Little Liars, escrito pela criadora e produtora da série, I. Marlene King, o piloto mostra a chegada de Alison DiLaurentis à universidade BHU, em Oregon, onde ela será membro do corpo docente. Lá ela encontra Mona Vanderwaal, antiga colega do ensino médio, que também faz parte da equipe de funcionários da BHU. Após uma recepção desconfortável mas calorosa, Alison dá início a seu papel de T.A. da disciplina de literatura, e é aí que conhecemos o quarteto de universitários Nolan Hotchkiss, Ava Jalali, Caitlin Martell-Lewis e Dylan Walker, um grupo de jovens aparentemente normais, mas que possuem muitos segredos.
Orgulho-me em dizer que acompanhei “PLL” desde os primórdios da primeira temporada até o seu desastroso final em 2017, assistindo cada episódio avidamente e chegando a passar horas em fóruns de discussão e grupos de teorias sobre quem seria a misteriosa figura encapuzada conhecida como “A”. Eu vivi Pretty Little Liars ao máximo, e apesar da série ter tido uma queda da sua qualidade após o fim da quinta temporada, continue investida em sua narrativa, e carrego um carinho muito grande por seus personagens. É com isso que começo essa resenha, pois a maioria dos fãs de “PLL” provavelmente sentirão uma nostalgia imensa ao assistir esse spin-off e ver Alison e Mona, duas rivais notórias que acabam unindo forças, juntas na tela novamente. Além disso, a atmosfera construída no desenvolvimento do piloto lembra muito a cidade de Rosewood, e a trilha sonora contribui para o sentimento de familiaridade que podemos sentir enquanto esperamos o desenrolar da trama.
O piloto apresenta Alison mais velha, mais experiente, e em busca de redenção pelo seu passado sombrio. Ela parece realmente determinada a ajudar os jovens da BHU, e pela primeira vez em muito tempo podemos acreditar nas suas intenções. Aparentemente, a menina manipuladora que fingiu a própria morte não existe mais. Enquanto isso, Mona aparenta estar tão louca como sempre foi, e ainda mais motivada à atos de grandeza. Ela também busca escapar do seu passado, e as duas mulheres parecem possuir um entendimento mútuo quando o assunto é “problemas de confiança”. Fico animada para ver essa parceria se desenrolar mais durante os episódios seguintes.
Para não entregar muito sobre o que acontece no piloto, não vou entrar em detalhes sobre muitas características dos novos personagens, mas já posso afirmar que Nolan, Ava, Caitlin e Dylan são muito mais sombrios do que parece. Como a BHU é uma das universidades mais competitivas no contexto da série, é de se esperar que os estudantes estejam dispostos a fazer o que for preciso para se manter no topo. Obviamente, para os fãs de “PLL”, isso significa mentiras, sabotagem, traição e, o claro, assassinato.
E temos sim um assassinato no piloto, fazendo aqui um paralelo com o piloto de Pretty Little Liars, em que os jovens se reúne a noite e observam enquanto a polícia remove o corpo. É interessante observar que, na série original, todos pensávamos que o corpo encontrado enterrado no quintal era de Alison, e que ela estava, de fato, morta. Agora, quase 10 anos depois, Alison está viva e precisa utilizar de todas as suas habilidades investigativas para compreender o que realmente aconteceu em BHU. Nem preciso dizer que amo um desenvolvimento de personagem, né?
No geral, gostei muito desse primeiro episódio, talvez muito motivada pelo sentimento de nostalgia, talvez muito interessada na dinâmica das relações entre os novos personagens, talvez intrigada pelos 3 minutos finais, que revelam uma perspectiva diferente a que estamos acostumados no universo de I. Marlene King. Resta dizer que fico ansiosa pela semana que vem, e espero que o spin-off possa se dar tão bem quanto sua série mãe quando estava no auge de seus dias.
Graduada em Cinema e Audiovisual. Roteirista, produtora, feminista e a pisciana mais ariana do mundo. Fã de Buffy, Harry Potter e Brooklyn 99, Gabi passa seu tempo ensinando que não se deve sentir vergonha das coisas que gostamos, nem deixar de questionar as coisas só porque gostamos delas.