Para quem estava ansioso pela estreia da nova temporada de The 100 (2014 -), a série voltou com tudo: sem poupar fôlego, iniciamos exatamente onde a season finale terminou, com o caos instaurado, reparos a serem encarados e Bellamy (Bob Morley) perdendo sua irmã Octavia (Marie Avgeropoulos) nos braços para a misteriosa Anomalia – representada por uma enorme luz verde – enquanto ela deixava outro mistério: a filha de Diyoza, Hope, que outrora ainda era um bebê na barriga da mãe, agora é uma adulta de 22 anos (interpretada por Shelby Flannery).
Das muitas nuances criativas que The 100 conseguiu abordar e discutir sobre os dilemas da sobrevivência, ética, e sociedade, nessa mistura de drama e sci-fi, chegamos no fim da linha com a promessa de que tudo será explicado, principalmente como a Anomalia se encaixa com a mitologia que o show vem apresentando ao longo de 6 anos. Sobre os acontecimentos, depois de retomar a narrativa, o episódio já colocou os personagens para lidar com o que têm em mãos: em uma ponta Echo, Gabriel e Hope (sim!) tentando desvendar o desaparecimento de Octavia, Diyoza e agora Bellamy diante da Anamolia, e aqui já se desenha um ponto interessante para a temporada ao colocar a incógnita Hope junto ao mistério que a trouxe.
O que ficamos sabendo até então é que ao tempo que seguiam pistas, descobrem que três pessoas tentavam capturar Echo e Gabriel e matar Hope, e as mesmas vieram com a Anomalia e podiam controlá-la. Eita Anomalia que só melhora.
No outro lado, Clarke, Raven, Murphy, Emori, Indra e Gaia tentam contornar a situação em Sanctum, diante do choque que a comunidade teve ao ter sua crença desmascarada, um novo dilema é levantado entre Os Filhos de Gabriel, os Wondru, os prisioneiros de Eligius e os seguidores dos Primes. A causa é se Russel (JR Bourne) deve ou não ser poupado. Em meio a agonia, temos Clarke tentando lidar ao máximo com a perda de sua mãe, a omissão de que Madi não é mais Comandante, e de também manter a redenção com atitudes de compaixão em tempos difíceis.
No desenrolar, a narrativa nos conduz bem sobre as perspectivas dos personagens para a situação que se encontram: há resquícios do luto, da raiva, e do desespero para agir acima de tudo. E é nessa segunda ponta que The 100 estabelece o contexto principal desta estreia respondendo ao título do episódio From the Ashes (das cinzas). Se a dualidade que Clarke precisou enfrentar anteriormente ao passo que a série discutia sobre crenças, civilização, mortalidade e imortalidade não foi pouco, no final deste retorno vimos tudo estourar quando ela abre mão de se reprimir e anunciar uma sentença para Rousell. Em meio a sua fala, fica claro que não há mais espaço para divisão de sociedade quando ela pontua que precisam aprender coexistir acima das diferenças para se recomporem depois de tudo que passaram para sobreviver e se manterem seguros.
Das cinzas. O título soa genial para um início de temporada e inteligente para o que a série tem traçado, dando a resposta de isso ser o que resta aos personagens e é sobre o que terão de lidar daqui pra frente: ser uma sociedade ou permanecerem divididos. Ainda que tenha aparentado estar desleixado com arcos, o episódio serviu para definir os rumos de cada um nesta reta final. Com Clarke e os demais, a responsabilidade de constituir uma comunidade (com crenças, leis, racionamento?) e para Echo, a Anomalia.
Últimos comentários:
100: Clarke não tem descanso mesmo, imagina quando saber que Bellamy foi levado pela Anomalia?
99: Madi tentando dar apoio ao luto de Clarke foi bonito, mas ainda haverá drama quando Madi descobrir que não é mais Heda.
98: No discurso final de Clarke ela disse que sem reis e rainhas, cada um responderá pelos seus erros. Sem Chama, e com alguns fiéis dos Primes, será caótico tocar um novo começo agora Sheidheda deu as caras. Vão continuar divididos?
97: Segundo o produtor e criador da série Jason Rothenberg, o pedido do afastamento de Bob Morley foi sinalizado a tempo de conseguirem trabalhar o arco de Bellamy de maneira coerente. Aguardemos sem que o personagem fique tão apagado.
96: Como dito, a temporada promete muitas respostas acerca da mitologia da série, com isso veremos diversos personagens conhecidos (Lincoln e Lexa, queremos vocês) e novos contando mais sobre a criação das tribos. Finalmente vamos conhecer além dos nomes!
95: Eliza Taylor e Lindsey Morgan estrearam como diretoras, cada uma dirigindo um episódio da temporada.
94: O oitavo episódio será revelador e servirá como piloto do possível spin-off da série. Podemos esperar algo como o 3×07?
93: Ainda faltam 15 episódios. O fuzuê nem começou. Até o próximo episódio!
Ama ouvir músicas, e especialmente, não cansa de ouvir Unkle Bob. Por mais que critique, é sempre atraído por filmes de terror massacrados. Sua capacidade de assistir a tanto conteúdo aleatório surpreende a ele mesmo, e ainda que tenha a procrastinação sempre por perto, talvez escrevendo seja o seu momento que mais se arrisca.