Steven Spielberg cultuado realizador da cultura pop, autor e diretor de diversos filmes que ficaram marcados na história do cinema, verdadeiros blockbuster de bilheteria, sucesso de crítica e de público. Os inúmeros sucessos em sua carreira são a prova disso: Tubarão (Jaws, 1975), E.T. – O Extraterrestre (E;T. the Extra-Terrestrial, 1982) , A Lista de Schindler (Schindler’s List, 1993), O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan, 1998) etc. As aventuras de Tintim (The Adventures of Tintin, 2011) não foge a regra.
Eu como espectador e apreciador de cinema não assistia um filme tão divertido e com espírito de aventura (descompromissado com a realidade) assim há algum tempo, especialmente de Spielberg, desde Os Goonies (The Goonies, 1985). Tintim lhe prende desde as primeiras cenas, a clara homenagem nos primeiros minutos de filme a sua raiz nos quadrinhos é de se encher os olhos. O filme conta com uma riqueza gráfica extraordinária tratando-se de animação, talvez esse tenha sido o fator de espera do Spielberg para a produção do filme, detentor dos direitos da obra de Hergé (criador de Tintim nos quadrinhos) desde 1983, o longa só chega aos cinemas em 2011.
Podemos dizer que a espera foi recompensadora, aos fãs de fantasia e aventura, As aventuras de Tintim tem uma inocência e um espírito de aventura tão grande que lembra os velhos filmes de pirata e de marajás, como A ilha do Tesouro Perdido, de Robert Louis Stevenson ou As mil e uma noites. O próprio clima do filme e as referencias levam a crer isso, diversos cenários europeus e africanos, bem como cenas no mar são os ingredientes para a engrenagem do filme.
Tecnicamente o filme é muito bem feito, as animações são perfeitas, é possível ver o reflexo dos personagens no espelho, os detalhes do cabelo ao vento, contudo as expressões faciais são os que mais encantam no filme. Uma cena em particular chamou-me a atenção: um plano sequencia sensacional e muito bem executado na fuga da cidade de Bagghar, no Marrocos, esse plano é de tirar o fôlego e chapéu para Spielberg, para mim melhor sequência do filme inteiro.
É um filme divertidíssimo, resta, agora, torcer por uma continuação.
Atual Vice-presidente da Aceccine e sócio da Abraccine. Mestrando em Comunicação. Bacharel em Cinema e formado em Letras Apaixonado por cinema, literatura, histórias em quadrinhos, doramas e animes. Ama os filmes do Bruce Lee, do Martin Scorsese e do Sergio Leone e gosta de cinema latino-americano e asiático. Escreve sobre jogos, cinema, quadrinhos e animes. Considera The Last of Us e Ocarina of Time os melhores jogos já feitos e acredita que a vida seria muito melhor ao som de uma trilha musical de Ennio Morricone ou de Nobuo Uematsu.