Superman & Lois: 3º Temporada – A esperança é mais forte que o Sol

Acompanhar Tyler Hoechlin sair de Teen Wolf (2011 – 2017) e entrar no universo de heróis pela Warner sempre me desceu meio estranho, mesmo sendo totalmente apaixonado pelo Derek e compreendendo a evolução do personagem e do ator ao longo da minha adolescência, vê-lo vestindo o manto vermelho e azul não me parecia muito certo. Não que apenas ele tenha sido o ponto ruim em Supergirl (2015 – 2021), no entanto, definitivamente foi um dos motivos de eu abandonar a série logo no começo. 

Dado a isso, assistir Superman & Lois (2021 – 2024) me foi uma grata surpresa. Seguir o dia a dia do garoto esperança, agora sendo pai e marido – mesmo que eu não suporte os filhos dele -, tem sido definitivamente uma experiência que eu não esperava gostar, sendo assim, chegamos à terceira temporada. E eu sei que ela saiu no começo do ano passado na HBO Max, mas eu só consegui ver agora, então vamos fingir que saiu agora. 

Essa nova temporada inicia com Lois (Elizabeth Tulloch) enfrentando um velho inimigo, Bruno Mannheim, um vilão que eu particularmente nunca fui muito apegado, mas que Chad L. Coleman soube dar vida muito bem, mostrando um vilão da Intergangue cruel e implacável que não hesitaria em lutar, ameaçar ou matar qualquer um que se colocasse em seu caminho, como também um marido e pai disposto a destruir o mundo pela sua família. 

E por falar em família, os Kent precisam lidar com uma coisa que nenhum herói está pronto, a mortalidade de seus amados. Foi completamente certeiro o desenvolvimento sobre doenças que o nosso mundo ainda não conseguiram curar e que não importa o quão indestrutíveis eles sejam, alguns deles não são. E esse arco foi, de longe, o meu favorito até agora, emocionante e bem distribuído ao longo da temporada, também se conectando com os conflitos com Mannheim e todos os erros e percursos do passado de Lois. Clark, nesse momento, tem como função mostrar que é o símbolo da esperança para a sua amada e que a sua força não vem apenas do Sol, mas da união e amor que tem naquela casa da fazenda. 

No entanto, mesmo assim, a série continua a pecar em alguns pontos, como Jordan (Alex Garfin) sendo mal desenvolvido e parecendo meio perdido na construção de Superboy e até mesmo a dificuldade do roteiro superar a relação romântica dele com Sarah (Inde Navarrette), que foi sem graça e sem química desde o início. Assim como as novas formulações de casais igual um fim de novela em que ninguém pode ficar solteiro e os personagens solitários se juntam de formas nada orgânicas.  

Em contrapartida, vale ressaltar também como Michael Bishop trouxe uma nova versão de Jonathan Kent muito mais carismático e empático, tentando também ser um herói como seu pai e irmão, mas ainda sendo mais humano que alienígena, trazendo a identificação com o público por demonstrar a maturidade conquistada com os erros das temporadas anteriores e mostrando ser uma nova pessoa – mesmo sendo literalmente, com a troca de atores. 

Logo, essa temporada foi incrível e será uma grande perda a finalização da série na próxima. A nova formulação do universo DC do James Gunn talvez não considere importante ter essa versão mais familiar e cotidiana do homem de aço, mas pelo menos teremos uma boa lembrança de todas as adaptações de Lois e Clark. 


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