Obi-Wan Kenobi – Hello there! A série que ninguém pediu, mas que fizeram mesmo assim

Eu sou mais um dos fãs de Star Wars que saiu devastado após a exibição do episódio IX, o qual recuso escrever o título aqui. Depois desse fatídico dia em dezembro de 2019, optei por simplesmente ignorar tudo que fosse produzido pela Disney envolvendo o universo criado por George Lucas. Tanto que nem a série mais aclamada, O Malandoriano (The Mandalorian, 2019 -), eu vi. Star Wars estava morto para mim e a cova era da Disney.

Mesmo com anúncio de Obi-Wan Kenobi (2022) e com a premissa de uma história contada sobre o que aconteceu em seu exílio entre os filmes III e IV, não foi suficiente para me animar. Minha expectativa com a série estava ZERO. Iria ver, obviamente, por se tratar de um dos meus personagens favoritos, mas não estava esperando nada vindo da Disney.

Minha percepção começou a mudar quando vi a empolgação do elenco com a série. Além do Ewan Mcgregor, Hayden Christensen teve uma segunda chance como o icônico vilão Darth Vader, mas o que consideravelmente me fez querer assistir foi a escolha do elenco infantil e a escolha da Vivien Lyra Blair como a Leia Organa quando criança. Vi a escolha por meio da tag de Star Wars e era incrível a semelhança com a saudosa (e maravilhosa) Carrie Fisher. Além da aparência física ser incrível, a personagem continuava lá, cheia de personalidade, carisma e coragem.

Ao lançar Kenobi, eu esperei sair todos os episódios para maratonar a série. Talvez tenha sido meu maior acerto. Ver tudo seguido me fez ter uma visão como um todo de uma série que tem seus altos e baixos, mas que com certeza tem muito mérito. Sei que sou exceção dentro do fandom de Star Wars, mas por minha expectativa estar nula, consegui ver com bons olhos os méritos da série: a solidão do Kenobi; a redenção de Hayden Christensen no audiovisual, entregando uma atuação sólida do Vader; o início de uma nova esperança com Leia e Luke. 

Kenobi foi uma série que ninguém pediu, mas que fizeram mesmo assim. Ao menos, ela serviu como uma boa ponte entre o episódio III e IV, trazendo mais uma aventura do Jedi exilado e respondendo algumas perguntas que existiam, e deixando tantas outras no ar. Seu mérito em acreditar no carisma de Ewan Mcgregor e Vivien Lyra Blair sustentam a série que pode ter mais defeitos que virtudes, mas que mesmo assim foi capaz de agradar esse velho e amargurado fã de Star Wars, após episódio IX.


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