Sabe quando você vê um filme e já sabe tudo o que vai acontecer? É ruim, né? Mas não é esse o caso aqui. Apesar de tudo já estar claro desde o começo, isso não é problema nenhum. Por mais que eu estivesse vendo esse filme pela primeira vez, ele era tão familiar que eu já sabia que ia ser um filme conforto.
Uma Sexta-feira Mais Louca Ainda (Freakier Friday, 2025) é a continuação de Sexta-feira Muito Louca (Freaky Friday, 2003), trazendo de volta Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis em mais uma aventura de troca de corpos. Dessa vez, não trocando entre si, mas sim com duas adolescentes: a filha de Anna e uma colega que ela não suporta.
O filme sabiamente usa da premissa batida para trazer uma nova perspectiva sobre o efeito misterioso. Cria uma nova dinâmica entre as personagens e brinca especialmente com a questão da idade. Quem de nós, mais velhos, não gostaria de ser adolescente de novo e parar de sentir tantas dores? E que pesadelo, para um jovem, é sentir tanta dor no joelho.
As situações criadas pelo filme com a troca são clichês, mas ele se diverte com isso e sabe mostrar exatamente o que a gente gosta. Tem muita vergonha alheia, piadinhas com a idade e a Jamie Lee Curtis claramente se divertindo fazendo papel de adolescente. Pausa aqui para exaltar essa mulher maravilhosa e o quanto ela se entregou nesse filme. É visível o quanto ela estava adorando gravar. Ela topou toda e qualquer marmota que pediram para ela fazer. Por isso, sem dúvida, foi uma das coisas que mais gostei no filme. Tenho um carinho muito grande por essa atriz. Não sei você, querido leitor, mas quando vejo um ator de quem gosto se divertindo, parece que é um amigo feliz no trabalho. Eu fico olhando, todo bobo, com um sorriso no rosto.
Lindsay Lohan finalmente parece ter acertado numa comédia desde o seu retorno ao cinema. Ela está no tom certo, muito confortável no papel. E ainda teve o privilégio de contracenar com o belíssimo Manny Jacinto, que também se entregou completamente à farofa de estar fazendo um filme do Disney Channel em pleno 2025. Entregou um “daddy cunt” da melhor qualidade.
É um filme completamente “Sessão da Tarde”. Sabe que não vai ser memorável, então tenta apenas ser extremamente divertido. Mesmo entregando uma mensagem altamente batida, sejamos sinceros: ninguém assiste esse tipo de filme esperando grandes reflexões. A gente só quer sair com um sorriso no rosto. E pode ter certeza, eu saí.
VEJA TAMBÉM
Meninas Malvadas (2004) – Cuidado com a Regina George em pele de cordeiro
A Mãe da Noiva – Uma comédia romântica sem comédia e sem romance
Estudante de Publicidade na Universidade de Fortaleza, Miguel é o Sonserina mais Lufa-Lufa que se tem notícia. Esse grande apreciador de açaí passa a maior parte do seu tempo tentando ser o mais legal possível. E quase sempre consegue. Legalzão é cheio de surpresas, chora fácil, ri mais fácil ainda. Gosta de cozinhar, toca um monte de instrumentos, ama correr, assistir filmes de ação, joga videogame como quem respira e venera animes de esportes, quase tudo na mesma medida (a medida do exagero).