Reacher: 2º Temporada – Ninguém mexe com os Detetives Especiais

Como um presente de natal, a segunda temporada de Reacher (2022 -) chegou no final de 2023 adaptando o 11º livro – optando em não seguir a ordem da série literária de Lee Child -, cujo o nome é: Jack Reacher: Bad Luck and Trouble. Nesse novo enredo, Reacher (Alan Ritchson) recebe o código de emergência de sua amiga Neagley (Maria Sten) informando que um dos antigos parceiros da divisão que eles participaram em sua época de policial militar do exército morreu de forma bruta e violenta e o resto da 110º estava incomunicável. Assim, o andarilho inicia uma nova investigação para desvendar quem está perseguindo sua antiga equipe. 

Essa temporada segue mais ou menos o mesmo padrão da primeira, tendo uma mistura dos acontecimentos atuais, misturados com os do passado, nesse caso não sendo sobre a infância do soldado, mas de sua vivência como líder da divisão dos Detetives Especiais, uma equipe criada para investigar crimes que ocorressem dentro do exército americano ou por seus soldados. 

E, assim como na primeira temporada, eles deixam para os demais personagens terem toda a carisma que Reacher não é capaz de ter e acredito que nesse novo arco funcionou ainda melhor, principalmente com uma presença ainda maior de Neagley, interpretado pela maravilhosa Maria Sten, que é a fiel escudeira de Reacher, sendo a única mulher que não é objeto de interesse sexual dele e que possui uma personalidade cativante desde sua primeira aparição. Dixon (Serinda Swan) e O’Donnell (Shaun Sipos) são novos personagens que também complementam muito bem essa nova dinâmica, o lobo solitário precisa se reunir com sua antiga matilha para desvendar o grande mistério: quem está tentando exterminar os membros da 110º e revelar ao público todas as teorias que fizeram essa super equipe de detetives ser desfeita, já que foi formada pelos melhores.  

O único personagem que para mim ficou mal “encaixado” em toda trama e que talvez tenha sido criado com o intuito de ser como Finlay (Malcolm Goodwin), mas que pelo fato de a dinâmica da história ser diferente não ficou bem sincronizado e muito menos fez sentido, sendo quase esquecido em vários momentos e depois o roteiro parecia se lembrar da existência de Guy Russo (Domenick Lombardozzi), o policial de Nova Iorque que não sabemos ao certo de qual lado ele está, pois suas atitudes são o tempo todo controversas.  

Fora isso, o mistério dessa temporada me deixou ainda mais preso a tela, tentando entender junto dos Detetives Especiais como conectar todos os acontecimentos e, particularmente, eu acho que estou pronto para entrar numa super equipe militar – mas eu não quero -, como também ela permite que aqueles que só querem ver cenas de lutas cheias de sangue e muitos tiros, totalmente satisfeitos. 

Confesso ter gostado bastante dessa segunda temporada e estou cada vez mais curioso para saber quais rumos a série vai tomar, optando em não seguir a ordem cronológica dos livros. Mas de uma coisa eu tenho certeza, pessoas que gostam desse gênero não vão passar fome. 


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