Uzumaki também conhecido como Uzumaki – A Espiral do Horror no Brasil, é um mangá escrito e ilustrado por Junji Ito, e foi lançada entre 1998 e 1999.
Inicialmente, vamos lembrar que atualmente, Junji Ito é considerado um especialista em obras que demonstram o que é horror. Já falei aqui sobre algumas adaptações (péssimas) que fizeram sobre seus trabalhos, a última sendo lançada em 2023 pela Netflix e levando o nome de Junji ito: Histórias macabras do Japão (Junji Ito Maniac: Japanese Tales of the Macabre, 2023) e uma outra versão em 2018 chamada Junji Ito Collection (Junji Itô: Korekushon, 2018), ambas já foram comentadas e quem tiver interesse em ler o que eu escrevi sobre elas, clique aqui.
Após alguns desastres animados, um milagre aconteceu: A Adult Swin divulgou que estava trabalhando em uma das obras mais famosas do mangaká, previsto para sair em 2024. A data de lançamento do primeiro episódio foi dia 29 de Setembro do ano citado, e eis aqui minha primeira impressão do anime:
Já para deixar avisado que eu sou fã do autor antes de qualquer coisa, quando tive o contato inicial com o 1º episódio, uma única palavra apareceu em minha mente: Impecável!. Comparado as outras obras existentes, Uzumaki (2024) é a real definição de uma adaptação que funciona, levando em consideração a complexidade do horror em sua história e em sua arte.
Falando sobre a brilhante trilha sonora, que me lembrou muito a do filme Hereditário (Hereditary, 2018), faz um par perfeito com o andar do suspense e terror que acompanham os personagens. Em determinados momentos, mesmo já conhecendo a história, eu fiquei bastante impressionada.
Suponho que até agora, essa foi a melhor decisão sobre a precisão do trabalho minucioso do autor: que melhor jeito de passar fidelidade ao horror do Junji Ito, senão animando O mangá? E como alguns devem saber ou ter percebido, cada história é extremamente detalhada em seus traços, que lembra bastante o mangá. Apesar de ser notável que existe um nível de CGI, não é algo que estraga a experiência: ele está ali, você o identifica, mas diferente da versão feita pela Netflix, aqui ele funciona muito bem.
Comparação entre animação (acima) e mangá (abaixo)
Ao invés de cada episódio ser um capítulo, eles pegaram vários capítulos em um só episódio, como se cada história estivesse acontecendo “ao mesmo tempo”, o que teoricamente não está errado. Precisamente, animaram os capítulos 1, 2, 3 e uma parte do 8.
Contando vários capítulos em um episódio, eles precisaram cortar algumas partes de cada história, mas a parte essencial de cada uma permanece e, para quem leu o mangá, percebe que não perdeu o sentido da estranheza, e para quem nunca leu, não está perdendo nada realmente importante ou que faça mais sentido para a história, já que estamos lidando com um terror cósmico que é a maldição da espiral.
Concluindo sobre o primeiro episódio: Eu, particularmente, achei fascinante. Estou ansiosa para ver como serão os próximos episódios. O primeiro episódio do anime está disponível na plataforma de streaming Max.
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Psicóloga e Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Gosto muito de gatos, terror, romance e roxo. Se eu morrer, vou dropar um copinho de café e um dorflex. Amo filmes e principalmente animações, além de jogos indies.