His Dark Materials: Fronteiras do Universo – 2×03: Theft

A segunda temporada de His Dark Materials se encaminha para sua metade! E, depois de conhecermos alguns personagens e termos grandes coisas acontecendo, temos agora um episódio muito direto ao ponto e sem firulas. Algumas cenas claramente foram criadas para preencher pequenas brechas e furos que o roteiro criou por conta de alterações com a história original e que precisavam ser preenchidos para poder continuar sem problemas. Acabou se tornando então um episódio que continua fiel ao livro, mas que também possui muito conteúdo novo e diferente.

Dessa vez a direção ficou por conta de Leanne Welham, que já dirigiu alguns episódios de séries britânicas não lançadas no Brasil, e o roteiro, assim como os anteriores, foi assinado por Jack Thorne com a colaboração de Sarah Quintrell. A montagem de Sara Jones foi bem estranha: O episódio pula de um personagem para o outro muito rápido, aparentemente com a intenção de simular timeskips, mas na verdade fazendo algumas cenas perderem o impacto e não se conectarem tanto umas com as outras.

O elenco continua maravilhoso, e temos além do destaque para nossos protagonistas, um momento especial para o Lee Scoresby de Lin-Manuel Miranda que não apareceu no episódio anterior e ganhou agora uma incrível interação com a Sra. Coulter de Ruth Wilson. Uma pena que a maioria de suas cenas são muito rápidas, eu acredito que a busca de Lee por Stanislaus Grumman/John Parry (Andrew Scott) merecia um episódio só seu, mostrando toda a investigação e dificuldade até encontrar o dito cujo que, graças ao aletiômetro, sabemos que está vivo e sabemos também, graças ao trailer, que os dois vão se encontrar.

Começamos com Lyra (Dafne Keen) saindo escondida, por mais que Pantalaimon (Kit Connor) insista que o certo seria ficarem com Will (Amir Wilson) como o aletiômetro orientou para ajudar o garoto a encontrar o pai, mas Lyra quer voltar para Mary (Simone Kirby) como prometeu, então deixa um bilhete convenientemente NO PIOR LUGAR POSSÍVEL, para que o amigo demore meio episódio para encontrar o pedaço de papel.

Porém quando chega lá dá de cara com o inspetor Walters (Jamie Wilkes), ninguém menos que o homem que vinha perseguindo Will. Ela poderia ter se recusado a responder as perguntas dele, mas ela quis mentir, ela gosta de sentir que manipula bem as pessoas, só que ele é um profissional e soube conduzir o interrogatório de modo hostil, dando voltas na garota até pegá-la de guarda baixa e fazê-la mencionar Will. Os dois estão expostos agora.

Mary consegue ajudá-la a fugir, mas nossa protagonista acaba indo da panela para a frigideira, já que durante a fuga encontra Boreal (Ariyon Bakare) que lhe oferece carona e ela não tem saída a não ser aceitar.  Apenas com o carro já é possível entender que o homem é tão poderoso no nosso mundo como no seu próprio, dirigindo um Tesla caríssimo que não fica atrás do Rolls-Royce que aparece originalmente no livro.

É uma cena de roer os dedos, ficamos preocupados com o que pode acontecer com ela, a mesma está nervosa por conta da perseguição e por estar separada de Pan que de tão estressada quase esqueceu sua bolsa dentro do carro, mas tudo fica bem. Por alguns segundos, porque Boreal consegue roubar o aletiômetro. Agora, além de exposta, Lyra perdeu também sua maior arma e guia.

Will começa o episódio tendo sonhos que na verdade são lembranças e presságios. Falas de sua mãe, entrevistas de seu pai na televisão e a faca. Já deixando bem claro que os dois possuem uma ligação, o que eu preferia que fosse surpresa, mas até no trailer – de novo ele – isso já foi mostrado.

Nosso garoto começa perdido, sinto que o roteiro ficou um pouco sem ideias do que fazer com ele, mas conseguiram um momento interessante, já que enquanto ele procura por Lyra, acaba reencontrando Angélica (Bella Ramsey) que parecia estar vendo alguém na Torre degli Angeli, mas tenta disfarçar com a chegada de Will.

Logo no início da cena já temos um pequeno foreshadowing, com um tapete com uma gralha desenhada. Citagazze traduzindo significa cidade das gralhas, aves que roubam objetos brilhantes, assim como certas pessoas lá. Mas no próximo episódio vamos ter mais disso.

No diálogo entre os dois ficamos sabendo que assim como Will e Lyra, ela é uma órfã tendo que lidar com responsabilidades muito grandes. Ela nos conta sobre a Guilda, um grupo de alquimistas, cientistas que viviam na torre e seus experimentos, além de um novo alerta sobre ele estar quase virando adulto, ou seja, perigo eminente.

Depois de ser roubada e entregar o amigo, Lyra sequer tem coragem de voltar para Citagazze de tão mal que se sente, então fica ao lado da janela chorando. Quando Will a encontra os dois tem sua primeira briga, em um banco inclusive (um banco foi bem importante no episódio anterior), mas como Lyra tem o cartão de Boreal, é possível ir atrás dele. O que leva a pensar até onde tudo aquilo foi premeditado. Já que Boreal viu Lyra, sabia onde ela tinha ido e sabia que iria novamente, o inspetor trabalha para ele e enquanto fugia deste ela o encontra em seu carro brilhante? Ela parece ter caído direitinho na ardilosa armadilha dele.

É então que finalmente chega à cena do cinema! Para esperar anoitecer e serem menos notados, Will os leva para um cinema, onde assistem Paddington (2014) (o personagem é bem forte na cultura inglesa) e brigam novamente, afinal, tudo continua tenso. Lyra fala finalmente sobre a morte de Roger e Will assume que se importa com a garota. Só então ela fica tranquila o suficiente para apreciar seu balde de pipoca e se fascinar pelo cinema, que não existe em seu mundo.

Chegando a casa de Boreal, fica claro que apesar de poderoso e rico, ele ainda tenta manter certa descrição. Dentro de sua sala de troféus nos deparamos com escadas que remetem às de Citagazze, indicando que talvez ele já tenha estado lá ou que ele mesmo também pode funcionar como um meio do caminho entre os dois mundos assim como a cidade.

Sua coleção já deixa claro que tipo de colecionador ele é e é muito direto, já diz o que quer e mostra aos dois que estão na mão dele, revela de uma vez que é do mundo de Lyra, sabe sobre Citagazze, quer uma faca especial e sabe direitinho onde ela está. E nós sabemos que desde a temporada passada Boreal está atrás dessa faca, há quanto tempo ele a procura?

Claro, sem saída, nossos protagonistas aceitam trazer a faca em troca do aletiômetro.

Mary por sua vez está trabalhando na caverna, tentando fazê-la funcionar como Lyra fez e desenvolver o programa que a permita isso através de palavras. Ela está inclusive preocupada como bem estar de Lyra e acaba descobrindo que talvez a garota esteja bem já que os seguranças do prédio onde trabalha foram instruídos a ficarem alertas caso ela apareça de novo.

Descobrimos um pouco mais sobre ela quando sua irmã e sobrinhos aparecem, além das pistas dadas em sua sala. Mary claramente vive para o trabalho, mas mesmo assim gosta de viajar e tem certo gosto pela natureza, talvez ela até mesmo acampe.

E dando um passo para trás para talvez dar dois para frente, ela decide aprender a leitura do I Ching, algo que só acontece no terceiro livro, A Luneta Âmbar. O importante é que ela consegue, a caverna responde a ela mesmo estando longe, mostrando um hexagrama igual ao seu desenho e deixando estabelecido que Mary possui uma forte ligação com o Pó. Um pouco antes enquanto se perguntava sobre a segurança de Lyra já havíamos tido uma amostra disso, com a caverna mostrando uma cobra, que provavelmente representa a daemon de Boreal, significando que sim, ela está em perigo, mas também pode funcionar como mais um foreshadowing para algo mais lá na frente.

Quando vamos para Lee pela primeira vez no episódio, temos a cena de um homem misterioso e encapuzado segurando um anel e chamando por ele em uma espécie de pequena vila, depois disso um forte vento empurra o balão de nosso personagem para um lugar que ele não pretendia ir: Nova Zembla, na Moscóvia, que seria a nossa Rússia (o lugar realmente existe, mas não como no mundo de Lyra). Ele decide então que vai dar uma chance ao lugar.

A cena em que Hester o acorda para avisar que saíram do curso foi um tesouro, porque fala sobre a ligação deles. No livro, Lee diz que nunca viu Hester dormindo, se ele está acordado, ela também está.

Continuando sua busca por Stanislaus Grumman/John Parry, ele vai até um bar e dá algumas doses a mais de bebida para um senhor já bêbado, mas quando faz as perguntas que quer passa a ser observado pela barwoman e por soldados do Magisterium ali ao lado. Ela diz que Grumman trabalhava em um observatório ali perto, mas chegando lá ele encontra apenas um estranho homem que também não reage muito bem a suas perguntas, fica mais do que claro que o Magisterium não está curtindo nem um pouco essa investigação do aeróstata, Grumman é problema.

Os dois acabam trocando tiros e com a morte do homem, Lee percebe que vai precisar fazer várias coisas que não quer e não gosta se quiser mesmo ajudar Lyra em sua jornada, inclusive se meter em confusão com o Magisterium, que no caso ele já se meteu, sendo preso logo em seguida pelos soldados do bar.

O Magisterium mantém seu poder com uma rédea bem curta e violenta. Seria já uma consequência da eleição de MacPhail (Will Keen) ou sempre foi assim?

É aí que finalmente chegamos ao ponto alto do episódio. O encontro de Marisa Coulter e Lee Scoresby. Evento inédito, nos livros os dois nunca se encontram, mas tanto mudanças na história como esse tipo de inclusão feitas na série são realizadas em parceria com o escritor da obra original, Phillip Pullman.

A cena é muito boa, vem para somar ao desenvolvimento das personagens e parando para pensar, se acontecesse nos livros teria sido completamente diferente. O Lee da série é muito esperto, mas também muito direto, audacioso, ele finge um pouco mal e cutuca a Sra. Coulter exatamente na ferida mesmo sabendo do que ela é capaz.

O Lee dos livros jamais faria isso! Ele é persuasivo, um mentiroso de primeira, cauteloso, charmoso e manipulador. Nunca falaria com ela daquele jeito e na verdade talvez nem se colocasse naquela situação.

Mas por ele ser diferente é que nos trás tanta coisa. Descobrimos uma ligação entre esses dois personagens tão cativantes. Saber que a Sra. Coulter teve uma infância de abuso físico e psicológico por parte dos pais, não acontece em A Faca Sutil. Com certeza é um dos motivos de ela tentar reprimir seu daemon, ou quem sabe nem gostar de quem ela é, o que a faz se agredir e em momento algum conversar com o macaco dourado, ela reprime tanto quem é que o deixa sempre com raiva.

Enquanto Lee mesmo tendo passado pela mesma situação, absorveu isso de um modo diferente, sendo um nômade, preferindo estar nos céus a estar com outras pessoas, pelo menos até ser cativado por certa garotinha. E claro, deixando a mensagem mais do que importante: o amor não é violento.

O paralelo entre Lee e Hester encostando suas testas e Marisa e o macaco com aquele toque tão delicado na mão finaliza muito bem o momento, deixando escancarada a diferença entre os dois, além de ser de uma sutileza digna de Phillip Pullman. Imagino que daqui para frente a Sra. Coulter vai entender que precisa se aprofundar muito mais em si mesma para conseguir o que quer e talvez se torne um pouco mais como no livro, quando se fala de sua relação com seu daemon.

Ela que estava ali convenientemente por estar procurando por Lyra – como sempre – e recebe o tal recado e Boreal, o que faz muitas coisas passarem por sua mente. É visível que ela não confia em Boreal, ela sabe o quanto ele é perigoso e que ele já percebeu que Lyra é seu ponto fraco. E como nós sabemos, ele já sabia onde Lyra estava há dias, mas só avisou agora. Por quê? O que ele quer de Marisa? Só o que sabemos, até pelo trailer da temporada, é que ela virá para o nosso mundo.

Então como um epílogo para o épico encontro, ela ajuda Lee a fugir, o reconhecendo como igual e porque quer que Lyra tenha toda a ajuda que precisa, ela sabe que a garota confia no aeróstata. Depois disso, Lee decide ser discreto e subir o rio de barco, ao invés de balão.

No núcleo das feiticeiras, elas entenderam seu papel na guerra em seu mundo, mas a profecia é importante para todos os mundos, então ela deve ser a prioridade, já que se tudo for destruído, aquilo não fará a menor diferença, aproximando-as agora do que fazem no livro, que é basicamente procurar por Lyra e falar sobre como a profecia é importante.

Em mais um evento inédito revemos Iorek Byrnison (Joe Tandberg), já que Kaisa (David Suchet) vai falar com o rei dos ursos em busca de respostas. O objetivo da cena é bem claro, colocar na mesa informações que ainda não tinham sido dadas e dizer em voz alta coisas que em sua maior parte são apenas pensadas no livro.

É a primeira vez que mencionam os efeitos do que Asriel fez, porque a janela que ele abriu causou alterações climáticas, mudanças no campo magnético, névoas espessas, ventos terríveis, feixes de luz entre outras coisas com as quais ele não se importou se aconteceriam ou não, porque esse é o nosso querido Lorde Asriel. Por conta disso agora os ursos estão com escassez de comida, ameaçados, assim como no nosso mundo, por conta da ação humana.

No diálogo também é dito que Lyra precisa cumprir seu papel sem saber o que está fazendo e Iorek questiona (te amo, Iorek) porque ela precisa fazer parte daquele joguinho, o que ela tem a ver com tudo aquilo. Por fim, como Iorek estava na montanha na noite do experimento de Asriel, informa às feiticeiras que Lyra seguiu o pai para outro mundo e em troca, Kaisa fala sobre o bombardeio ao lago Enara nos deixando com a pergunta, seriam os ursos os próximos? Quanto tempo até essa guerra chegar a Svalbard?

Os daemons parecem finalmente estar exercendo melhor seu papel de consciência e intuição, de ser aquela vozinha no fundo da nossa cabeça que nos avisa de alguma besteira, afinal, nesse episódio os daemons estavam certos sobre o que ia acontecer. Mas de novo, acho que jogaram Pan para muito longe da Lyra.

Momento comparação com o livro!

  • No livro, o inspetor Walters chega acompanhado do Sargento Clifford e pertence á divisão especial o governo inglês e Mary avisa a Lyra sobre a presença dele dentro do banheiro feminino e não no elevador.
  • Quando Lyra encontra Boreal, ele tem um motorista a seu serviço, então ele vai ao banco de trás com ela e rouba o aletiômetro da bolsa enquanto a garota está preocupada com seu perseguidor.
  • Lyra demora a perceber que perdeu o aletiômetro, quando percebe ela vai até Will chorando tão copiosamente (culpada também por além de tudo ter revelado que conhecia o garoto) que é Pan quem explica o que aconteceu.
  • A cena do cinema acontece um tempo antes, pelo mesmo motivo, estão esperando anoitecer, mas era para poderem atravessar a janela mais discretamente tanto que assistem a dois filmes e durante a sessão Lyra se empolga muito, rindo alto, impressionada.
  • A mansão de Boreal no livro é bem luxuosa, ele gosta de ostentar sua riqueza.
  • Quando chegam à casa de Boreal as crianças discutem bastante, Lyra quer invadir o lugar de qualquer jeito e roubar o aletiômetro de volta e Will argumenta com ela que isso não seria fácil, pois a casa provavelmente possui diversos sistemas de segurança que no mundo da garota não existem.
  • A discussão com Boreal é bem mais acalorada, Lyra é muito violenta e ele não se revela de cara, Will vê seu daemon por acaso e Lyra só lembra quem ele realmente é alguns capítulos mais para frente.
  • A família de Mary e na verdade nem sua casa aparecem, seu financiamento vai ser cortado em poucos dias então ela não tem tempo para relaxar.
  • A trajetória de Lee é bem mais simples, ele pega uma pista que o leva para Nova Zembla, onde já havia estado. No bar ele conversa com dois bêbados além do barman, sobre o pretexto de procurar Grumman para lhe cobrar uma dívida. Acaba descobrindo várias coisas, como ele ser um xamã, que passou pelo processo de trepanação, sua daemon era linda, ele rejeitou o amor de uma feiticeira e ninguém sabe exatamente de onde ele veio ou como morreu. De lá vai para o observatório, onde encontra três cientistas e um funcionário do Magisterium, cuja daemon é uma coruja e não uma lêmure, que está ali para censurar as possíveis descobertas que sejam heréticas. Já descendo a montanha é que o homem segue Lee, tenta matá-lo, mas acaba ele mesmo falecendo e Hester faz com que Lee pegue um anel dele que será útil mais para frente. Por fim ele aluga um barco por ser o modo mais fácil de subir o rio e não o mais discreto.
  • Iorek não aparece em A Faca Sutil, é Thorold, que não é preso e sim continua no chalé nas montanhas quem conta para Serafina Pekkala que Lyra seguiu Asriel.
  • Só vemos Marisa no livro quando as feiticeiras ou as crianças cruzam seu caminho, então não sabemos como Boreal entra em contato com ela.

Momento informação interessante do HBO Extras!

  • O título original dos livros e da série, His Dark Materials, é inspirado em O Paraíso Perdido de John Milton, um poema épico conta a história de Eva e Adão, questionando se Deus é bom, então por que existe o mal. E na verdade serve de inspiração para muito mais além do título.
  • Lin-Manuel Miranda é fã da série de livros, Fronteiras do Universo, ele os leu junto com a esposa enquanto os dois se conheciam. Ele também é muito interessado (e isso é na verdade uma informação interessante minha) em A Crônica do Matador do Rei, série de livros também de fantasia e é praticamente o padrinho da possível adaptação destes.
  • A Torre degli Angeli/Torre dos Anjos é inspirada no Campanário Mudéjar de Giralda na Catedral de Sevilha, na Espanha e na Mesquita Hassan II em Casablanca, no Marrocos.
  • O I Ching pode ser lido usando 3 moedas, a forma simples, ou 50 varinhas, a forma complexa. Uma pergunta é feita e através de um método longo e difícil se joga a moeda ou se separa as varinhas várias vezes. Dependendo da ordem das moedas ou do número de varinhas, é usado um código que traduz as informações para uma linha, com 6 linhas se faz o hexagrama, depois se procura o resultado em O Livro das Mutações.
  • A frase que Mary lê após sua consulta é de Tao Te Ching, o livro sagrado do taoísmo.
  • Na coleção de Boreal temos um astrolábio, um baixo relevo grego, uma armadura medieval, um chapéus de dois bicos (de Napoleão aparentemente), um traje de astronauta, uma pintura renascentista, um casco de um navio e escudos de guerra antigos.
  • A passagem da bíblia falada pelo pesquisador no observatório realmente existe, mas é diferente da do nosso mundo.

No próximo episódio já estaremos incrivelmente na metade da temporada! Eventos muito importantes vão chegar e depois deles a narrativa da história como um todo vai dar um grande guinada e praticamente só coisas importantes vão acontecer daqui até o final da temporada.


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