Filhas do sol
(Les Filles du Soleil, 2018)
Direção: Eva Husson
Bahar (Golshifteh Farahani) é a comandante das Filhas do Sol, um batalhão composto apenas por mulheres curdas que atua ofensivamente na guerra do país. Ela e as suas soldadas estão prestes a entrar na cidade de Gordyene, local onde Bahar foi capturada uma vez no passado. Mathilde (Emmanuelle Bercot) é uma jornalista francesa que está acompanhando o batalhão durante o ataque. O encontro entre as duas mulheres, dentro do cenário caótico que as cercam, muda a vida de ambas permanentemente.
O filme foi indicado à Palma de ouro no Festival de Cannes do ano passado e é baseado em uma história real. Eva Husson filma essas mulheres de forma crua e ao mesmo tempo poética.
Precisamos falar sobre Kevin
(We Need to Talk About Kevin, 2011)
Direção: Lynne Ramsay
Eva nunca quis ser mãe e por isso tem uma relação complicada com seu filho Kevin. Agora, o adolescente está preso por ter sido o responsável por uma tragédia, e Eva tenta lidar com a sensação de responsabilidade pelo que aconteceu.
Com atuações impressionantes de Tilda Swinton (Eva) e Ezra Miller (Kevin), o filme também é imageticamente lindo. A adaptação do livro feita por Lynne Ramsay resulta num longa difícil de se assistir por causa de seus temas espinhosos e também porque a diretora consegue traduzir muito bem esses temas na composição dos quadros, na montagem, na atuação de seu elenco.
Mulher-Maravilha
(Wonder Woman, 2017)
Diretora: Patty Jenkins
Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince (Gal Gadot) nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor (Chris Pine) se acidenta e cai em uma praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar certa de que pode parar o conflito. Lutando para acabar com todas as lutas, Diana percebe o alcance de seus poderes e sua verdadeira missão na Terra.
Apesar de dar uma vacilada no final (culpa do roteiro escrito por Alan Heinberg, isso mesmo, um homem) o filme é um marco na história do cinema por ter sido o primeiro filme de super-herói a ter uma mulher na direção. Além de ter sido uma das 10 maiores bilheterias mundiais daquele ano, sendo o único na lista que teve direção feminina.
Capitã Marvel
(Capitain Marvel, 2019)
Direção: Anna Boden e Ryan Fleck
Capitã Marvel (Brie Larson), parte do exército de elite dos Kree, uma raça alienígena, encontra-se no meio de uma batalha entre seu povo e os Skrulls. Ao tentar impedir uma invasão de larga escala na Terra, em 1995, ela tem memórias recorrentes de uma outra vida, como Carol Danvers, agente da Força Aérea norte-americana. Com a ajuda de Nick Fury (Samuel L. Jackson), Capitã Marvel precisa descobrir os segredos de seu passado e pôr um fim ao conflito intergalático com os Skrulls.
O primeiro filme do Universo Marvel a ter direção feminina é algo para se celebrar. Para melhorar, Anna Boden nos traz uma heroína coerente com o contexto em que está inserida: Carol Denvers foi criada para ser um soldado e é isso que ela é. Para ler mais sobre o filme, dá uma conferida num textinho que saiu aqui no site.
What Happened, Miss Simone?
(2015)
Direção: Liz Garbus
O filme conta a história, desde antes da fama até o falecimento, da cantora e ativista Nina Simone. O documentário retrata uma das artistas mais incompreendidas de todos os tempos.
Além de entrevistas com pessoas que conheceram e conviveram com Nina, o filme traz gravações e vídeos inéditos, além de trechos de diários da cantora. Através da história de Nina, também é possível traçar a história do movimento pelos direitos civis nos EUA já que a cantora foi uma grande ativista. Além disso, pode-se perceber como tudo que acontece ao seu redor faz com que ela mude sua relação com a música.
Uma capricorniana Bacharel em Cinema e Audiovisual. Diretora, roteirista, curadora e uma DJ formidável nas horas vagas. Grenda divide seu tempo entre o cinema, o cigarro e o litrão barato. Sabe dar conselhos e sermões como ninguém e dentre todos os seus vícios, o maior deles é a tabela de Excel.