Ultimamente, a ficção científica tem originado ótimos filmes no cinema. Desde Gravidade (Gravity, 2013), praticamente todo ano um novo longa desse gênero é lançado com sucesso, mas, pessoalmente, tenho mais apreço pelo seu subgênero: A Space Opera.
Ao contrário do que aconteceu para a maioria das pessoas, o segundo filme me agradou mais do que o primeiro, ele conseguiu entregar o que eu esperava e superou as minhas expectativas. A sequência trouxe um visual mais bonito e psicodélico ao espaço da Marvel, com seus diversos planetas e nebulosas, além de expandir o universo e aprofundar seus personagens sem perder o tom do seu predecessor. Entretanto o filme não é perfeito mesmo, a soundtrack demonstrou-se bem deslocada, me fazendo sentir falta de uma boa trilha original em alguns momentos, o humor do Drax (Dave Bautista) foi deveras exagerado e a vilã Ayesha (Elizabeth Debicki) foi bem mal utilizada, tornando-se, ela e sua raça, extremamente maçantes no decorrer do filme.
No meio de explosões e músicas dos anos 70, a discussão central neste “Guardiões” é sobre família. Todos os personagens tem algum tipo de conflito com esse tema e isso fica explícito quando a equipe se divide. Gamora (Zoe Saldaña) e Nebula (Karen Gillan) tem os seus daddy issues com Thanos, Drax teve a sua esposa e filha mortas, Peter Quill (Chris Pratt) perdeu a mãe quando criança e foi criado pelos saqueadores, Mantis (Pom Klementieff) e Rocket (Bradley Cooper) nunca tiveram uma família, ela por ter sido criada por Ego (Kurt Russell) e ele por ter sido um experimento de laboratório, e Baby Groot (Vin Diesel) é a criança do grupo, que cresce tendo todos da equipe como a sua família e responsáveis, mais especificamente Rocket, que funciona quase como uma figura paterna.
No primeiro filme, Yondu (Michael Rooker) era só um personagem legal, porém nessa sequência ele cresceu muito como personagem. Conhecemos mais o seu passado, desde a sua relação paternal com Peter até o motivo de Stakar (Sylvester Stallone) ter expulsado ele da organização, mostrando que a sua ambição o faz quebrar a única regra do grupo. Yondu é o protagonista da melhor cena de ação do filme, onde ele aniquila uma tripulação inteira com a sua flecha ao som de “Come a Little Bit Closer”, de Jay & The Americans num balé de diversão e morte. O final do personagem me surpreendeu, porque a Marvel costuma apenas matar seus vilões, mas a sequência da sua morte, protegendo aquilo que era mais importante para ele, junto com o seu funeral, ao som de “Father and Son”, de Cat Stevens concluiu o filme da melhor maneira possível.
Autodidata de Youtube e ex valentão da escola. Hilário adora mitologias em geral, astronomia e desenhos animados, mas seu passatempo favorito é irritar as pessoas, geralmente ele consegue. Sonserina orgulhoso, ariano, otaku reprimido e chaotic evil.