TRANSFORMARTES foi uma proposta nascida em 2024 com o ideal de valorização de artistas trans em suas múltiplas facetas ou áreas, tendo acontecido duas rodas de conversa com profissionais do audiovisual do Ceará. Marcando no dia 29 de Janeiro de 2025 um ano da primeira roda de conversa, acontecida na Casa Amarela Eusélio Oliveira e falava sobre o percurso de pessoas trans dentro do audiovisual. O dia é o dia da Visibilidade Trans e Travesti, então nada mais justo do que visibilidade a artistas trans e travestis.
Buscando ir além de estar em cena, o foco da proposta é valorizar as pessoas trans de diversas áreas e em particular dentro do audiovisual neste primeiro “ciclo”. Com o objetivo de não apenas trazer visibilidade para o trabalho dessas pessoas, mas também fomentar obras dirigidas por elas. Através das obras desta lista é palpável a diversidade de visões, gêneros, estéticas e linguagens dentro do audiovisual feito por pessoas trans no Brasil.
Celebrar a visibilidade trans é celebrar as múltiplas pessoas trans, as múltiplas identidades trans e suas múltiplas formas de criar arte. Para buscar a visibilidade e acessibilidade a lista trouxe apenas obras disponíveis online por pessoas trans na área de direção, seja no YouTube, Vimeo ou mesmo Globoplay. Através de uma busca e pesquisa feita com pessoas filiadas a APTA (Associação de Profissionais Trans do Audiovisual) da qual eu mesme faço parte, busquei trazer obras variadas do ponto de vista estético e também regional.
Há muito mais sobre os criadores de cinema trans do nosso país, lutando pelo direito de criar suas obras em meio a um mundo extremamente transexcludente. E preciso lembrar que essa lista não chega nem próximo de representar todo o cinema trans feito no Brasil, mas é apenas um impulso e um incentivo aos nossos leitores a valorizar e conhecer parte do audiovisual feito por pessoas trans no país, pois há um frequente apagamento da presença e da existência dessas pessoas em diversas áreas das artes, porém ao redor do país (e do mundo) há uma infinidade de arte feita por elas.
Erê: Criança no Axé
Direção: Rastricinha, 2023
No dia 20 de maio de 2022 a segunda vara da infância e juventude de Ribeirão das Neves em Minas Gerais decidiu revogar a guarda de uma mãe por ter levada sua filha a um terreiro. Durante toda a minha infância eu ouvi que não deveria me aproximar da religião que mata animais. Sofri muito com racismo em relação a minha existência e foi no candomblé que encontrei amor, carinho e acolhimento. Disso nasceu minha reflexão, como teria sido crescer frequentando o terreiro.
Assista o filme completo aqui:
Nada a Perder
Direção: Rico Ballardin e Isabella Corigliano, 2020
Videoclipe da música “Nada a Perder” de DIEGUES MC.
Assista o videoclipe completo:
A Separação
Direção: Alice Leal, 2024
Um casal se separa. 18 anos depois, a filha deles quer saber o que aconteceu.
Assista o filme completo aqui:
Miragens
Direção: Ana Victoria e Bruno Lopes, 2024
Uma miragem é, por definição, um fenômeno óptico que cria projeções invertidas de imagens. Metaforicamente, uma imagem efêmera que se dissipa, muito relacionada às peregrinações no deserto. E é dessa forma que o projeto Miragens chegou em Mogi das Cruzes unindo paisagens, poesia, dança e teatro.
Assista o filme completo aqui:
Aprendiz
Direção: Maittê, 2024
Videoclipe de sua própria música “Aprendiz”, gravado no agora demolido edifício São Pedro, em Fortaleza – CE.
Assista o videoclipe completo aqui:
Uma Paciência Selvagem Me Trouxe Até Aqui
Direção: Ëri Sarmet, 2022
Cansada da solidão, a motoqueira Vange (Zélia Duncan) decide atravessar a ponte Rio-Niterói até uma festa lésbica, onde conhece quatro jovens que compartilham entre si o lar e os afetos. Um encontro de gerações.
Onde assistir: Globoplay (Canal Brasil)
Vida de Cinema
Direção: Elcio Cabral Melo, 2023
Vida de Cinema é um filme-manifesto em forma de musical sobre um diretor de cinema que termina um filme e se frustra por não conseguir distribuir a obra.
Assista o filme completo aqui:
Lalabis
Direção: Noá Bonoba, 2023
Quando Kali acordou, o mundo inteiro estava paralisado. Sua mãe e seu pai paralisaram tomando café da manhã. Seu irmão paralisou jogando Mario Kart. Ela nunca entendeu o porquê de nada ter acontecido com ela, até conhecer o segredo de Numi e o reino das Lalabis.
Assista o filme completo aqui:
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O cinema queer cearense através de 5 curtas-metragens
Cineasta graduade em Cinema e Audiovisual, produtore do coletivo artístico independente Vesic Pis.
Não-binarie, fã de super heróis, de artistas trans, não-bináries e de ver essas pessoas conquistando cada vez mais o espaço. Pisciano com a meta de fazer alguma diferença no mundo.