A Mulher na Janela (The Woman in the Window, 2021) é uma adaptação do livro com o mesmo nome, escrito por A.J. Finn e publicado em 2018. Seu lançamento foi um sucesso e, por isso, logo apareceram os rumores sobre a adaptação cinematográfica, incluindo um elenco digno de um ótimo filme. Os fãs do livro, como essa que vos fala, logo se animaram. Uma pandemia se instalou no meio, e o lançamento do filme foi adiado diversas vezes, além de que os cortes e montagem do filme foram refeitos muitas vezes também, já que nos testes para o público, as reações haviam sido ruins, o que explica um pouco quão péssima a adaptação ficou.
Nunca tive problemas em ver adaptações de livros para filme e eles serem diferentes, afinal, é só uma visão dos roteiristas e diretores sobre uma obra, mas A Mulher na Janela conseguiu se tornar a pior adaptação que já vi na minha vida, apesar de a Amy Adams estar ótima, absolutamente bem caracterizada e transparecendo tudo o que a personagem passa durante os dias em que o filme é narrado. Porém, somente isso não é o bastante, vários outros personagens são importantes para a história, inclusive suas relações com a personagem principal, o que faz o enredo ser amarradinho. No filme, porém, vemos os mais diversos personagens aparecendo e sumindo na mesma velocidade, sem nenhum aprofundamento e você não consegue criar ligação alguma com nenhum deles.
O que me parece é que no filme as coisas acontecem de forma atropelada, vazia, sem amarração alguma e sem profundidade sobre nenhum dos temas que a história aborda, como a agorafobia e as tantas outras questões psicológicas que a personagem possui devido a um acontecimento em que no filme já é mostrado lá no meio e no livro é uma surpresa apenas no final.
Tudo acontece muito rápido, sem sentido, sem aprofundamento e sem qualquer coisa boa, além da atuação da Amy Adams, que possa se salvar. Adaptação completamente patética e preguiçosa, daria um zero facilmente se fosse para dar uma nota. Resumindo: não vale o tempo perdido.
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Psicóloga, apaixonada pela psicanálise e absolutamente obcecada por true crime, thrillers e máfia. Falo mais que a mulher da cobra e poderia viver facilmente apenas de livros, séries e filmes.