Parasita (Gisaengchung, 2019) ganhou todos os principais prêmios da temporada. Contudo o cinema sul-coreano não se resume só ao magnífico filme de Boong Joon-ho. Há pelo menos 20 anos o cinema da Coreia do Sul vem sendo alvo de constantes investimentos de seu governo e de uma política de proteção do mercado interno por meio de lei de cotas, o resultado disso é um cinema forte, com boas bilheterias e com diversos prêmios ao longo dessas últimas duas décadas. Aqui nessa lista, escolhemos cinco filmes para conhecer um dos cinemas mais comentados dos últimos anos.
Zona de Risco
(Gongdong gyeongbi guyeok JSA, 2000)
Direção: Park Chan-Wook
O filme se passa na fronteira entre a Coreia do Norte e do Sul, nele acontece um crime em que todo o clima tenso entre os dois países existe. Sem saber quem foi que cometeu o crime, uma investigação tem início para resolver esse mistério. É um filme fundamental para tentar entender um pouco a situação entre os dois países no final da década de 1990.
Eu sou um Cyborg, e Dai?
(Ssa-i-bo-geu-ji-man-gwen-chan-a, 2006)
Direção: Park Chan-Wook
A protagonista da trama é internada em um hospital psiquiátrico por achar que é um Ciborgue, a partir daí ela se recusa a comer normalmente, ela prefere cortar seus pulsos e colocar fios para carregar suas baterias. Lá ela entre em contato com outros pacientes com diferentes problemas, contudo ela consegue se alimentar graças a outros internos que a ajuda. É um belo filme e relato sobres as doenças mentais e sua humanização. Muitos acreditam que seja o melhor trabalho de direção de Park Chan-Wook, embora não seja seu filme mais conhecido.
O Hospedeiro
(Gwoemul, 2007)
Direção: Boong Joon-ho
O que acontece se jogarmos elementos químicos no esgoto que deságua no maior rio da Coreia? O Hospedeiro é um filme de monstro e de como ele surgiu, não só como resultado do lixo jogado no rio, mas das relações humanas, políticas e militares. O hospedeiro traz uma visão de mundo em que as grandes empresas capitalistas são responsáveis pela criação de monstros, não só fantasiosos, mas reais.
Eu vi o Diabo
(Ang-ma-reul bo-at-da, 2010)
Direção: Kim Jee-woon
O cinema da Coreia do Sul é conhecido pelo seu alto grau de violência e gore, em Eu vi o Diabo, o diretor Kim Jee-woon apresenta uma história de vingança não muito tradicional. O protagonista encontra logo no início do filme o algoz de sua companheira, contudo o plano de vingança consiste em deixar o vilão escapar, para logo após o capturar novamente. Assim, ele nunca mais teria a sensação de paz. É um filme muito bom e com um final que destoa um pouco dos já conhecidos filmes de vingança.
A Visitante Francesa
(Da-reun na-ra-e-seo, 2013)
Direção: Hang Sang-Soo
Entrando em uma vereda de um cinema mais contemporâneo, temos A Visitante Francesa do, talvez, mais aclamado diretor sul-coreano Hang Sang-Soo. A estética do cinema contemporâneo abandona um pouco os rápidos cortes do cinema de ação e busca uma imagem mais comum do cotidiano e seus desdobramentos. Aqui, temos a história de uma francesa que chega em uma pequena cidade da Coreia do Sul para visitar um amigo e acompanhamos seus desdobramentos com a população local.
Atual Vice-presidente da Aceccine e sócio da Abraccine. Mestrando em Comunicação. Bacharel em Cinema e formado em Letras Apaixonado por cinema, literatura, histórias em quadrinhos, doramas e animes. Ama os filmes do Bruce Lee, do Martin Scorsese e do Sergio Leone e gosta de cinema latino-americano e asiático. Escreve sobre jogos, cinema, quadrinhos e animes. Considera The Last of Us e Ocarina of Time os melhores jogos já feitos e acredita que a vida seria muito melhor ao som de uma trilha musical de Ennio Morricone ou de Nobuo Uematsu.