Os jogos da Rockstar Games são conhecidos por darem liberdade aos seus jogadores. Desde os primeiros jogos de GTA, o jogador podia optar sobre o que fazer e suas ações poderiam determinar como você era visto na história. O mais recente jogo da empresa, Red Dead Redemption 2, eleva essas características além de permitir o jogador vivenciar uma aventura no velho oeste americano.
As possibilidades são quase infinitas aqui. Além, claro, da aventura principal, existem diversas side quests que levam um bom tempo de gameplay. Ao vivenciar o jogo, chegamos quase no limite do que poderia ser chamado de western simulator. Todos os signos e símbolos do gênero que foram construído na literatura e, principalmente, no cinema, estão presentes nesse jogo. Fuga da prisão, assalto ao trem, as cidades, perseguição a cavalos, duelos e por aí vai. Esta é apenas uma pequena parte das possibilidades que o jogo proporciona ao jogador. Para os fãs de filmes de faroeste e dessa simbologia, o jogo traz uma sensação muito gostosa. É impossível jogar poucas horas, sobretudo quando o enredo vai se desenrolando e a história principal fica mais atraente.
A gameplay é bastante similar aos jogos anteriores da empresa, principalmente ao GTA V (2013) e ao primeiro Red Dead Redemption (2010). Liberdade ao jogador parece ser o lema da empresa e do jogo. A natural evolução do primeiro jogo se dá nas novas possibilidades e equipamentos que o jogo traz. São novas armas, novos animais, novas plantas, novas side quests enfim. Os saudosistas vão se deliciar ao passar por partes icônicas do primeiro jogo, agora sobre uma nova perspectiva. O enredo é bem trabalhado e a história se torna já um marco para a geração do PS4 e Xbox One. Talvez seja o melhor desenvolvimento de personagem e enredo que essa geração tenha. Sem entrar em muitos detalhes, a história se passa pelo menos 12 anos antes do primeiro jogo, portanto Red Dead Redemption 2 é um prequel do primeiro jogo, o que o torna ainda mais forte, pois a história reforça muita coisa do seu antecessor. Ele é um jogo tão bom que consegue melhorar ainda mais o primeiro.
Os gráficos são belíssimos, novamente correndo o risco de ser repetitivo, talvez os mais bonitos dessa nova geração, certamente servirá como base para um novo GTA, que deverá ser um dos jogos que irá fechar esta geração de consoles. O nível de detalhamento gráfico é absurdo e chega a ser surreal em alguns momentos (cheguem perto de paisagens com neve, lama, água e árvore para saberem o que estou falando). Para complementar os gráficos, a trilha sonora é arrebatadora, digna dos grandes faroestes do cinema, elas complementam ainda mais a experiência e a sensação do jogador seja para fazer algo bom ou ruim, é imprescindível jogar Red Dead Redemption 2 com um headset ou com um bom sistema de som.
Certamente o lançamento desse jogo deixa seus concorrentes um pouco apagados, haja visto o impacto de suas vendas e a qualidade de sua narrativa. Red Dead Redemption 2 é o melhor jogo já lançado para a atual geração de consoles. Seja pela sua gameplay, gráficos, enredo ou som, ele certamente já ocupa um lugar no coração dos gamers, sejam eles apaixonados por faroeste ou não, sua hegemonia só poderá ser quebrada por GTA VI ou The Last of Us 2, mas isso são águas futuras e por enquanto incertas.
Atual Vice-presidente da Aceccine e sócio da Abraccine. Mestrando em Comunicação. Bacharel em Cinema e formado em Letras Apaixonado por cinema, literatura, histórias em quadrinhos, doramas e animes. Ama os filmes do Bruce Lee, do Martin Scorsese e do Sergio Leone e gosta de cinema latino-americano e asiático. Escreve sobre jogos, cinema, quadrinhos e animes. Considera The Last of Us e Ocarina of Time os melhores jogos já feitos e acredita que a vida seria muito melhor ao som de uma trilha musical de Ennio Morricone ou de Nobuo Uematsu.