Moonrise Kingdom – aquele sentimento estranho

 

Moonrise Kingdom é um filme estranho.
Mas dizer que um filme do diretor Wes Anderson é estranho torna-se invariavelmente uma redundância. E outra. Quem disse que para ser um bom filme ele não pode ser estranho? Na verdade os melhores filmes são os filmes estranhos e quando digo estranho quero dizer que saia da mesmice e do tradicionalismo.
E Moonrise Kingdom é assim, uma história simples contada de um jeito estranho. E bonito de se ver. É um filme muito gostoso de assistir. Ver aquelas pessoas estranhas se comportando estranhamente e vivendo num lugar estranho é maravilhoso. Porque este filme não deseja contar uma história real, mas uma fábula. Uma fábula sobre idade.
Os atores estão magníficos, tanto os adultos como as crianças. E perceba, neste filme não fica claro quem é adulto ou criança. Em vários momentos podemos ver crianças fazendo “coisas” de adultos e adultos se comportando como crianças. O que me fez lembrar um clipe de uma banda maravilhosa que eu já aproveito para fazer a propaganda aqui.

 

 

Bruce Willis como o Capitão Sharp, mostrando que sabe fazer muito mais do que John McClane. Edward Norton, ótimo como o Escoteiro Chefe Ward. Bill Murray e Frances McDormand como os atordoados pais de uma peculiar família, e algumas rápidas, mas ilustres participações, como Tilda Swinton, Harvey Keitel e Jason Schwartzman, que como Murray já tem costume de trabalhar com o diretor.
Mas quem realmente merece destaque no meio de tantas estrelas são os novatos Jared Gilman e Kara Hayward (Sam e Suzy) protagonizando um dos pares românticos mais legais do cinema. Lembrando os shakespearianos Romeu e Julieta os dois não medem esforços para nos fazer refletir e ter uma nova interpretação deste sentimento que é tão estranho quanto os filmes do Wes Anderson.
O amor.